Eu sou consultor de empresas e a minha missão é levar a gestão e a liderança realista por onde passo. É a razão de trazer hoje uma notícia que parece piada, mas é a realidade crua e nua.

O banco americano Wells Fargo demitiu mais de uma dúzia de funcionários que fingiam trabalhar durante o expediente enquanto usavam softwares para simular movimentos do mouse e digitação. Sim, isso realmente existe! São recursos tecnológicos que enganavam o monitoramento do sistema da empresa camuflando a inatividade dos funcionários com sinais falsos de que estavam trabalhando.

Embora o Wells Fargo não tenha especificado se eram funcionários em home office ou presenciais, a empresa deixou claro tratar-se de um comportamento antiético. E eu soube que o Bank of America e o Goldman Sachs também adotando o mesmo controle.

Sejamos honestos, quem nunca teve aquele colega que parecia estar ocupado, mas só enrolava?

Fingir ser produtivo é um talento. Os ex-funcionários do Wells Fargo levaram a arte da representação a um nível quase artístico! Com uma carreira no cinema teriam salários maiores. Ou, quem sabe, nos depararemos em breve com um novo título de livro nas livrarias, tipo "Como Parecer Ocupado e Enganar Todo Mundo".

O mais importante é saber que o Big Brother corporativo está mais presente do que nunca. É bom ficar atento.

*A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a da Folha de Londrina.