Brasília - A Polícia Federal cumpre na manhã desta sexta (17) mandados de busca e apreensão e de prisão contra suspeitos de envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro. Ao todo são cumpridos 32 mandados de prisão e 46 de busca e apreensão nos estados de Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Rondônia e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal.

Imagem ilustrativa da imagem PF prende mulher que pichou "perdeu, mané" nos atos de 8/1
| Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF

Entre os alvos está a mulher flagrada pichando a estátua da Justiça em frente ao prédio do STF (Supremo Tribunal Federal). Ela foi presa no início da manhã.

Também são alvos o invasor do STF que sentou na cadeira do ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre atos antidemocráticos, e o cidadão que levou a bola autografada pelo atacante da seleção brasileira Neymar da Câmara dos Deputados.

A PF nesta fase mira invasores e depredadores dos prédios dos três Poderes e organizadores de caravanas que foram para Brasília depredar os prédios públicos.

Nesta quinta (16), Moraes finalizou a análise de todos os pedidos de liberdade provisória feitos pelas defesas das pessoas presas por envolvimento nos ataques. O ministro concedeu liberdade provisória para outros 129 denunciados, que poderão responder em liberdade mediante medidas cautelares, como tornozeleira eletrônica. Foram negadas liberdades provisórias a 294 pessoas.

Segundo o tribunal, permanecem presos os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) contra os quais há suspeita de efetivamente terem depredado as sedes dos três Poderes, além dos que viraram alvo depois da Polícia Federal como possíveis envolvidos no financiamento dos ataques.

QUATRO FASES DE INVESTIGAÇÃO

Após aos ataques, a PF abriu quatro frentes de investigação. Uma delas mira os possíveis autores intelectuais, e é essa frente que pode alcançar Bolsonaro. Outra tem como objetivo mapear os financiadores e responsáveis pela logística do acampamento e transporte de bolsonaristas para Brasília.

O terceiro foco da investigação PF são os vândalos. Os investigadores querem identificar e individualizar a conduta de cada um dos envolvidos na depredação dos prédios históricos da capital federal.

A quarta linha de apuração avança sobre autoridades omissas durante o 8 de janeiro e que facilitaram a atuação dos golpistas.