A menos de dois meses das eleições municipais, a disputa pela Prefeitura de Londrina segue aberta. É o que mostra a pesquisa Instituto Multicultural/FOLHA/Paiquerê 91,7 divulgada nesta quinta-feira (15), que sinaliza que a sucessão do prefeito Marcelo Belinati (PP) será resolvida no segundo turno.

Para o levantamento foram ouvidos 1.064 londrinenses entre os dias 10 e 12 de agosto, após o primeiro debate na TV aberta, que ocorreu no dia 8 na Tarobá/Band. O nível de confiança é estimado em 95%, com margem de erro de 3% para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob protocolo n° PR-04100/2024.

No cenário estimulado, no qual o nome dos candidatos é apresentado para o entrevistado, o deputado estadual Tiago Amaral (PSD) aparece na frente, com 22,9% das intenções de voto. Ele é o único dos sete prefeituráveis que cresceu acima da margem de erro, já que tinha 18,8% no levantamento realizado em maio.

A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob protocolo n° PR-04100/2024.
A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob protocolo n° PR-04100/2024. | Foto: Folha Arte

Na sequência está a ex-secretária municipal de Educação Professora Maria Tereza (PP), que subiu de 15,6%, em maio, para 16,9%, em agosto. Ou seja, considerando a margem de erro, ela e Amaral estão tecnicamente empatados na liderança.

O levantamento mostra oscilação para baixo no percentual dos outros candidatos: o ex-prefeito Barbosa Neto (PDT), em terceiro, caiu de 16,9% para 13,5%; o deputado estadual Tercilio Turini (MDB), de 13,8% para 12%; o policial militar Coronel Villa (PSDB), de 13,1% para 10,2%; o deputado federal Diego Garcia (Republicanos), de 2,5% para 1,9%; e a educadora Isabel Diniz (PT), de 1,8% para 1,5%. Nenhum, branco ou nulo representam 8,3% dos entrevistados e 12,8% responderam que não sabem em quem votar.

O diretor estatístico do Instituto Multicultural, Edmilson Leite, afirma que Tiago Amaral e Maria Tereza estão “no limite do empate técnico” e que a tendência é que a cidade volte a ter segundo turno, diferente do que aconteceu em 2020.

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“Com isso, os demais candidatos vislumbram a segunda posição. Com esse mesmo raciocínio da margem de erro, os outros três candidatos [Barbosa, Turini e Villa] estão próximos da Maria Tereza”, aponta Leite.

Outro ponto importante é que a maioria (51,1%) dos entrevistados respondeu que pode mudar seu voto até o dia da eleição.

INDECISOS

Na pesquisa espontânea, quando o nome dos prefeituráveis não é apresentado, 46,2% dos entrevistados disseram não saber em quem votar. Também é curioso que os nomes de Belinati (3,8%) e do deputado federal Filipe Barros (0,8%), que não estão na disputa, sejam citados pelos entrevistados.

Considerando os candidatos, a ordem é a mesma da pesquisa estimulada: Tiago Amaral, com 12,8%; Professora Maria Tereza, 10,2%; Barbosa Neto, 7,9%; Tercilio Turini, 5,6%; Coronel Villa, 3,4%; Diego Garcia, 1,5%; e Isabel Diniz, 1,1%. Brancos e nulos são 5,3%, e outros nomes representam 1,5%.

O diretor do Multicultural destaca que o eleitorado ainda está indeciso. Além do enorme percentual na espontânea, na pesquisa estimulada foi observado crescimento de 5,6% para 12,8% na parcela de eleitores que não sabe em quem votar.

“A população percebeu que teremos uma eleição em 2024. Está mais próximo, as mídias sempre trazendo assuntos sobre as eleições. O eleitor para e pensa: ‘Não vou responder, assim, tão rapidamente’”, diz o diretor, que explica que a mudança de voto de um candidato para outro não acontece imediatamente. “Existe um período de transição que faz com que os indecisos aumentem.”

ÍNDICE DE REJEIÇÃO

O levantamento aponta que Barbosa Neto é o candidato com maior rejeição entre os sete que disputam a Prefeitura, chegando a 33,5%. Na sequência aparecem Isabel Diniz (11,7%), Tiago Amaral (7,5%), Professora Maria Tereza (3,4%), Coronel Villa (2,6%), Tercilio Turini (1,9%) e Diego Garcia (1,5%).

Leite ressalta que os candidatos se preocupam com a rejeição porque ela determina o teto de votos. “Em Londrina, no cenário desses sete candidatos, ele [Barbosa] está muito à frente na rejeição que os demais, que praticamente não têm. A rejeição da Isabel Diniz é uma rejeição ao partido”, avalia o diretor, que vê os demais candidatos “dentro do limite tolerável”.