O início de funcionamento do Hospital Veterinário Municipal de Londrina é uma grande vitória para a causa do bem-estar animal da cidade, assim como para a saúde pública em geral. A instituição cuidará dos animais tutelados por pessoas de baixa renda, que não têm recursos financeiros para arcar com os procedimentos de clínicas particulares.

O hospital foi inaugurado na segunda-feira (12), entrando em funcionamento no dia seguinte, na avenida Prefeito Faria Lima, 844, jardim Maringá, na zona oeste. A estrutura, que será gerida pela terceirizada CHC Saúde Única - empresa de Itajaí (SC) -, será exclusiva para pessoas de baixa renda, protetores cadastrados e ONGs.

Mesmo tendo horário delimitado para atendimentos comuns das 9h às 17h, o Hospital Veterinário funcionará 24h por dia para urgência e emergência. Caso alguém encontre, por exemplo, um animal atropelado e quiser levá-lo, ele será atendido. Haverá também a área clínica para atendimentos de rotina e o programa de adoção, para o caso de animais abandonados.

A instituição catarinense responsável pelo hospital venceu o chamamento público da CMTU para assumir os serviços de bem-estar animal em Londrina. Estima-se que serão realizados cerca de 700 atendimentos mensais.

Durante a inauguração, o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati (PP), afirmou que o município é um dos mais avançados do Brasil na atenção à causa animal. "São pouquíssimas cidades que têm esse conjunto de ações: o castramóvel, a proibição dos fogos de artifício com barulho, o resgate dos grandes animais, o banco de ração e agora o hospital", disse.

É um grande avanço contar com esses serviços, pois um animal doente, sem cuidados e abandonados representam um perigo à saúde pública. Mas é muito importante que o poder público também busque realizar campanhas de conscientização sobre guarda responsável.

Muitas pessoas acabam adotando ou comprando um animal sem saber que é um ato de muita responsabilidade, que requer tempo, dinheiro e dedicação.

São vários os cuidados e regras de saúde e bem-estar para que a convivência de um animal na casa seja harmoniosa. Essas campanhas de conscientização deveriam ser permanentes, na forma de política pública, como acontece em muitos outros países, visando o controle populacional de cães e gatos e a diminuição de animais em situação de abandono nas ruas.

Ter um animal em casa, independentemente da classe social, requer planejamento financeiro, espaço adequado e, principalmente, a consciência e o exercício da guarda responsável.

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