Em 2020, com a implementação do Pix, o Brasil revolucionou a maneira como realiza transações financeiras. O sistema, desenvolvido pelo BC (Banco Central), deu rapidez e praticidade aos usuários e se tornou o meio de pagamento mais popular no Brasil. Dados da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) mostram que em 2023 os brasileiros realizaram quase 42 bilhões de transações por Pix, o que representa um crescimento de 75%, em relação ao ano anterior.

Também com base no ano de 2023, o BC informou que foram feitas mais de 35 milhões de transações. Diante desses números, é um grande desafio para a instituição e os operadores do sistema financeiro nacional atualizarem a segurança para estar à frente de golpistas e fraudadores. 

Uma das ações que visam incrementar a segurança entrará em vigor no dia 1º de novembro e foi anunciado na segunda-feira (22) pelo Banco Central. Trata-se da resolução BCB n° 403, publicada no site da instituição.

Pela nova regra geral de segurança, nos casos em que o dispositivo de acesso eletrônico ao Pix - como smartphone ou computador - não estiver cadastrado no banco, as transações não poderão ser maiores que R$ 200. Quando houver a mudança para um celular desconhecido, o limite diário de transações instantâneas via Pix não poderá ultrapassar R$ 1.000.

Para transações fora destes limites, o novo dispositivo de acesso ao Pix (celular ou computador) deverá ser previamente cadastrado pelo cliente bancário para realizar as transferências de dinheiro via Pix.

Essa exigência de cadastro se aplica apenas a aparelhos que nunca tenham sido usados para iniciar uma transação Pix.

O objetivo é minimizar a probabilidade de fraudadores usarem dispositivos diferentes daqueles já utilizados pelo cliente para gerenciar chaves e iniciar as transações deste modelo de pagamento instantâneo, quando houver o roubo ou conhecimento de login e senha do cliente. Há outras ações que os bancos deverão se responsabilizar, entre elas o reforço nas verificações de segurança.

É importante que os usuários fiquem atentos, adotando também práticas de segurança pessoal, como atualizar suas senhas e verificar constantemente as transações bancárias que realizam. Com a evolução da tecnologia, é preciso evoluir as formas de proteção, mantendo a confiabilidade da população no Pix.

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