A sucessão familiar é um dos maiores desafios para quem tem propriedade agrícola, seja ela de qualquer tamanho. Tanto que o tema vem sendo debatido há várias anos na ExpoLondrina e não foi diferente na edição que terminou neste domingo (16). Como incentivar os filhos a assumirem a gestão do sítio ou fazenda na medida em que eles vão ficando adultos e os pais vão envelhecendo?

É certo que o trabalho no campo tem seus desafios que o tornam complexos nesse processo de pai para filhos. A propriedade rural é muito mais que uma fonte de renda, ela é uma herança familiar que assim como outros negócios que passam de geração para geração precisa evoluir e se transformar conforme a realidade. E assim como em outras profissões, é preciso vocação: o gosto pela lida no campo, a dedicação aos animais, o respeito à terra, os mananciais e as áreas de florestas que precisam ser preservadas.

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Quando os jovens que moram no campo saem de casa para estudar em cidade maiores, como motivá-los a voltar para a vida rural depois que eles experimentaram infraestrutura, conforto e experiências de lazer e consumo que não encontram na roça?

Pelo menos dois eventos discutiram sucessão familiar na ExpoLondrina. "Sob novo comando: vamos falar de sucessão familiar", no dia 13, destacou a importância do planejamento de sucessão em propriedades rurais familiares para garantir uma transição sem atritos e que cause impactos financeiros negativos.

O painel mostrou que enquanto no Brasil a transição familiar normalmente chega no máximo a duas ou três gerações, na Europa há casos de empresas que estão na oitava geração familiar.

No dia 10, o "Seminário de agroecologia na sucessão familiar” mostrou que a práticas sustentáveis na agricultura vêm incentivando os jovens a se fixarem no campo. Relatos de pessoas que retornaram para trabalhar na propriedade da família após anos vivendo na cidade atraídos por técnicas não convencionais mostram que o interesse é grande pelo tema.

O agronegócio no Brasil tem uma importância muito grande. Encontrar os motivos que ajudem a fixar as novas gerações de trabalhadores no meio rural, seja na agricultura convencional ou na agroecologia, é fundamental para que o Brasil mantenha seu protagonismo no agronegócio mundial.

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