As regiões metropolitanas são formadas por municípios que se interligam física, política, cultural e economicamente. Não é simplesmente a proximidade que as caracteriza, mas a interação de serviços e do transporte. No Paraná, a Região Metropolitana de Curitiba é a mais conhecida, como não poderia deixar de ser, já que diz respeito à capital do Estado. Mas uma lei aprovada pelo governo estadual no início do ano, a de número 21.353, pretende ajudar a aumentar a relevância de outras regiões metropolitanas do interior.

A nova lei institui a Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep) e a ideia é tentar levar ao interior do Estado políticas públicas que ajudem a resolver problemas comuns aos municípios das regiões metropolitanas de Londrina, Maringá e Cascavel.

A autarquia substituiu a Comec. Até então funcionando desde 1974, a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba reúne atribuições como atender a capital e sua região metropolitana na integração do transporte coletivo.

Trabalhar em parceria com outros órgãos nas Funções Públicas de Interesse Comum [FPICs] das cidades estão entre as principais tarefas da agência, conforme informou o seu diretor-presidente, Gilson Santos, à reportagem da FOLHA. As demandas, segundo ele, reúnem questões ambientais, de uso do solo, saneamento básico, habitação, sistema viário e transporte coletivo.

Com a lei publicada em 1º de janeiro, corre agora um prazo de 12 meses para a efetiva extinção da Comec e o início do funcionamento da Amep. Segundo Santos, o objetivo do governo é que, gradativamente, a agência vá replicando essas atividades que são trabalhadas na Região Metropolitana de Curitiba nas outras três regiões.

Questionados sobre essa mudança, deputados estaduais da região de Londrina foram cautelosos em opinar. Questões como autonomia dos municípios, recursos financeiros, união política e transporte foram levantados.

Certamente, no que diz respeito à Região Metropolitana de Londrina, o tema transporte público interessa muito. A RML reúne um contingente de mais de 1 milhão de habitantes e enfrenta gargalos de mobilidade urbana para quem transita em suas cidades. E, é claro, um transporte coletivo regional de boa qualidade é um dos grandes anseios da população que vive por aqui.

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