Oitenta por cento dos vereadores eleitos em 2016 tentaram a reeleição neste 15 de novembro de 2020, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Muitos não conseguiram e os últimos dois dias foram de balanço e desabafo em várias sessões de câmaras municipais em todo o país.

No Paraná não foi diferente. A onda de renovação política que já foi percebida no Congresso Nacional, em 2018, atingiu também o legislativo local neste ano. Em Londrina, a mudança de titulares na Câmara de Vereadores atingiu 68,7% das cadeiras.

Das 19 vagas na Câmara de Londrina, os votos revelados no último domingo elegeram 12 novatos e reconduziram à Casa uma ex-parlamentar. Seis vereadores foram reeleitos.

Mas há localidades onde as mudanças foram muito mais marcantes. Em Assaí, na Região Metropolitana de Londrina, a renovação na Câmara foi de 100%.

Certamente, o alto índice de renovação demonstra o “tamanho” da “crise de representatividade” que atinge o Brasil. Ao apostar em mudanças, a população demonstra que está cansada do que está por aí há anos.

Não é para menos. A tão combatida “velha política” nas eleições de 2018 continua firme e forte em 2020 na figura do Centrão e sua influência no executivo nacional.

É preciso, porém, ressaltar: mais importante do que a alternância de poder no ambiente público é a sociedade se enxergar realmente representada por pessoas éticas e transparentes, atuando como agente de fiscalização e de mudança em sua comunidade.

Mais importante do que renovar políticos é renovar a política.

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