Chamada de "pandemia dos não vacinados", a onda do aumento do número de mortes e casos de coronavírus entre as pessoas que não tomaram nenhuma dose do imunizante ou estão com a cobertura vacinal incompleta preocupa autoridades sanitárias do mundo inteiro. E não é diferente no Brasil.

Um levantamento feito pela secretaria municipal de Saúde a pedido da Folha de Londrina mostra que entre janeiro de 2022 e 13 de fevereiro foram 78 óbitos em Londrina por conta da Covid. Destes, em 64% dos casos as pessoas estavam com dose faltando ou não se vacinaram, enquanto que em 36% o paciente tinha todas as doses em dia.

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“Cada vez mais, com dados, conseguimos consolidar a importância da vacina no enfrentamento à pandemia. De janeiro para cá atingimos maiores números de casos confirmados desde o início da pandemia, maior índice de transmissão. Óbitos e internamentos não acompanharam o mesmo crescimento. Isso em razão do avanço da vacinação”, destacou Felippe Machado, secretário municipal de Saúde, em entrevista à FOLHA.

A importância do imunizante foi ressaltada também pelo médico especialista em saúde pública e professor universitário Gilberto Martin, lembrando que a vacina é um instrumento eficaz de proteção no combate à pandemia, transmissão e agressividade do vírus: “A pessoa vacinada tem o desenvolvimento de uma quantidade de anticorpos suficientes para combater o vírus e ter uma manifestação clínica mais leve. Na pessoa não vacinada a capacidade de reprodução do vírus é maior. Quanto mais tempo reproduzindo, maior facilidade de o vírus desenvolver variantes”.

Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL - A 'pandemia dos não vacinados'
| Foto: Isaac Fonatna/FramePhoto/Folhapress

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Autoridades em saúde pública vem alertando ainda que a variante ômicron segue circulando de forma intensa, é a predominante atualmente e pode gerar novas variantes enquanto o mundo não tiver mais de 70% a 80% da população totalmente imunizada. Por isso, a postura da sociedade buscando a cobertura vacinal completa é essencial para reduzir esse período complicado de aumento de mortes e casos.

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Foto: Isaac Fontana/Framephoto/Folhapress

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