Washington - O aplicativo Truth Social, rede social criada pelo ex-presidente Donald Trump, chegou na App Store dos EUA nesta segunda-feira (21). O uso do app, no entanto, ainda é restrito. Por enquanto, o programa abre a opção de fazer cadastro, com e-mail e nome de usuário. Após confirmar a validade do e-mail, porém, o interessado recebe um aviso de que terá de esperar. Ao fazer o cadastro, por exemplo, a reportagem foi informada de que estava na posição 18.792.

O ex-presidente americano Donald Trump é crítico de redes sociais como o Facebook
O ex-presidente americano Donald Trump é crítico de redes sociais como o Facebook | Foto: Stefani Reynolds/AFP

Horas depois, o número de interessados aguardando liberação havia disparado. "Sua conta foi criada com sucesso. Obrigado por entrar. Devido à demanda muito alta, nós te colocamos em uma lista de espera. Nós amamos você, e você não é só outro número para nós. Mas seu número de espera na lista está abaixo", diz a mensagem no aplicativo, que exibia o número 110.134.

Por ora, o Truth Social tem apenas um aplicativo para iOS, que inclui iPhones. A versão para Android ainda não foi lançada, nem a versão web. O site da ferramenta tem apenas a opção de deixar nome e e-mail para a lista de espera. O recurso, porém, parece indisponível e exibe uma mensagem de erro após o preenchimento do formulário.

Capturas de tela da nova rede social mostram um visual muito similar ao do Twitter. Donald Trump Jr., o filho do ex-presidente, divulgou uma imagem do que seria a primeira publicação de seu pai na nova rede. "Estejam prontos! Seu presidente favorito verá vocês em breve!"

Devin Nunes, CEO da TMTG (Trump Media & Technology Group), empresa dona do Truth Social, disse à emissora Fox News que o aplicativo, apesar de ser lançado nesta segunda, deve entrar em operação plena só no fim de março.

Como candidato e presidente, Trump usava sua conta no Twitter de forma frequentemente acalorada. Ele chegou a ter 88,7 milhões de seguidores, mas teve sua conta banida em janeiro de 2021, por incitação à violência, após seus apoiadores invadirem o Capitólio. O presidente também foi suspenso do Facebook e do YouTube.

Conforme as grandes plataformas adotaram regras para conter discursos de ódio e mentiras e passaram a suspender perfis, muitos ativistas de direita passaram a migrar para redes sociais menores, ou a criar plataformas próprias, como Parler, Gettr e Rumble.

Outra ferramenta utilizada como alternativa é o Telegram. O aplicativo permite criar listas de distribuição de mensagens para grupos enormes. Um canal, com o nome Donald J. Trump, mas sem o selo de verificação, tem 1,022 milhão de seguidores. Já o canal de Donald Trump Jr., verificado pela plataforma, tem 851 mil participantes.

Em 2021, Trump e alguns sócios anunciaram a criação de uma rede social própria, como parte de uma nova empresa, a TMTG. Na época, eles disseram que a empreitada pretendia "criar uma rival ao consórcio da mídia liberal e combater as companhias do Vale do Silício ditas 'big tech'", em um comunicado.