A Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogêneo para tentar impedir o acesso de manifestantes ao plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), onde deve ser votado na tarde desta segunda-feira (3) o projeto de lei que permite ao governo do estado terceirizar os serviços administrativos de pelo menos 204 escolas. A direção da Assembleia está reunida neste momento e a votação poderá ser on-line, ainda hoje.

Por volta das 14h30, quando teria o início da sessão plenária, grevistas furaram a barreira policial, forçaram o portão da Assembleia e entraram no plenário, que estava fechado. A PM usou bombas para impedir o acesso de manifestantes que estavam na frente da Assembleia e isolou a sede do Legislativo. Ninguém ficou ferido gravemente. As galerias estão lotadas de manifestantes. Também foi montada uma barreira no plenário da Alep, para impedir o acesso de grevistas aos deputados. Às 15h30, o presidente da Assembleia, Ademar Traiano (PSD), informou que a sessão está suspensa.

Imagem ilustrativa da imagem Professores ocupam a Alep e deputados podem votar projeto on-line
| Foto: Bruna Durigan/APP

O projeto foi apresentado na segunda-feira da semana passada, dia 27 de maio, a aprovada na quinta-feira pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). No início da tarde de ontem, foi aprovado na Comissão de Educação da Alep.

Uma batalha judicial foi travada antes da votação de hoje. No fim de semana, o governo do estado obteve duas vitórias na Justiça: No sábado, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) decretou a greve ilegal e determinou multa de R$ 10 mil por dia à APP-Sindicato, caso não fosse apresentado um plano de atendimentos aos alunos. No domingo, a Justiça rejeitou o pedido de deputados de oposição ao governador Ratinho Júnior (PSD) para que a votação do projeto fosse adiada.

Atualizada às 16h15