Londrina deve superar a média histórica de chuvas para meses de julho ainda nesta quarta-feira (10), segundo estimativa do IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná). O município registrava, até as 13h30 desta quarta, 62,4 milímetros de chuva acumulada. O recorde para um mês de julho é de 66,6 milímetros.

O Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná) prevê para o restante do dia mais 7,4 milímetros de chuva. Se as previsões se concretizarem, os números históricos devem ser superados até as 20h. Após mais de 40 dias de estiagem, chove na cidade e em todos os municípios das regiões Norte e Noroeste, desde segunda-feira (8).

Somente nesta terça-feira (9), Londrina anotou 36,6 milímetros de chuva. Já na segunda-feira, foram 16,2 milímetros. Até a tarde desta quarta, choveu mais 9,6 milímetros.

A superação da média histórica em julho é reflexo de meses extremamente secos nos períodos passados. O IDR também divugou que junho de 2024 foi um dos meses mais secos da história do município, registrando apenas 0,2 milímetro. O volume médio no mês é de 93 milímetros.

Já em maio, Londrina anotou 56 milímetros. A média histórica no mês é de 113,5 milímetros, cerca de 203% a mais do que o registrado neste ano.

A agrometeorologista do IDR-PR Heverly Morais explica que a expectativa é de que as águas limpem a atmosfera, que estava criticamente suja devido ao período de estiagem.

O clima seco e sujo causa diversos problemas para a saúde, incluindo uma série de sintomas respiratórios e alérgicos. A baixa umidade do ar ocorre principalmente nos meses de outono e inverno e causa irritação e ressecamento nos olhos, na pele e na mucosa respiratória.

Durante os 41 dias de seca, a umidade do ar em Londrina, segundo a agrometeriologista, chegou a 20%. Em dias considerados normais, a porcentagem é de 60% ou mais.