Neste domingo (21), a Polícia Federal (PF) de Maringá apreendeu um helicóptero carregado com cerca de 247,5 quilos de cocaína, em Santa Mônica (Noroeste). O delegado da Polícia Federal de Maringá, César Luiz Busto de Souza, afirmou que é a segunda apreensão do mesmo estilo na região noroeste que utiliza um espaço aleatório na área rural como ponto logístico de abastecimento.

A Polícia Federal apreendeu 247,5 quilos de cocaína, em Santa Mônica (Noroeste).
A Polícia Federal apreendeu 247,5 quilos de cocaína, em Santa Mônica (Noroeste). | Foto: Divulgação/Polícia Federal

“Em novembro do ano passado foram apreendidos 430 kg em Barbosa Ferraz, limite com Corumbataí do Sul (Noroeste). Em razão disso já estávamos atentos com essa rota, que vem do Paraguai e segue para o Estado de São Paulo”.

Segundo ele, o pouso é feito ali na região porque fica exatamente no meio do caminho entre esses dois pontos. “Depois da apreensão do ano passado, continuamos com as diligências na região e entrevistamos populares da área rural, que relataram a presença de aeronaves suspeitas na região que estariam fazendo pousos não autorizados”, destacou Souza.

Segundo ele, é difícil dizer quem forneceu a droga e quem adquiriu o produto. “É difícil dizer isso, porque estamos falando de um grupo mais sofisticado que usa helicóptero para esse transporte. Uma aeronave desta custa mais de 1 milhão de reais e não é um grupo qualquer. Identificamos o piloto, que é de São Paulo e outros dois presos que são locais, que foram cooptados para ajudar na logística. São pessoas que conhecem a região, fazem a compra de combustível e também conseguem andar melhor na região até encontrar o helicóptero”, destacou.

O próximo passo, segundo o delegado, é identificar quem é o proprietário do helicóptero e a partir disso vai tentar identificar quem está por trás do financiamento e obtendo o lucro com a operação. “Temos como foco, em grandes apreensões desse jeito, o ramal financeiro. A partir dele identificamos os líderes do caso, pela movimentação de altas cifras.” Questionado sobre o valor da carga, ele afirmou que a PF está parando de estimar isso, porque é irrelevante para as investigações. “Não tem como estimar, porque se a carga fica no mercado nacional possui um valor e se for ao mercado internacional tem outra. Também não sabemos qual a qualidade dessa cocaína”, destacou.

Ele afirmou que os três ficarão presos por tráfico internacional de drogas e a droga será destruída possivelmente amanhã mesmo. “O helicóptero ainda não sabemos o seu destino. Ele pode ir a leilão ou pode ser cedido a alguma força policial ou de segurança pública, como os bombeiros ou ser utilizado para socorro médico”, destacou.

A operação foi realizada com o apoio da Polícia Militar e do Grupamento de Operações Aéreas da Polícia Civil. “Temos essas ações em conjunto rotineiramente. Depois da apreensão do helicóptero, o Grupamento de Operações Aéreas da Polícia Civil nos apoiou na logística e na movimentação da aeronave”, destacou.