A PF (Polícia Federal) suspeita que o arsenal e a grande quantidade de droga apreendidos no último domingo (17) iriam ser usados pelo crime organizado, principalmente, do Rio de Janeiro, que seria o destino do caminhão onde estavam os materiais. O veículo foi abordado na BR-369, entre Cambé em Londrina, num trabalho conjunto entre a Polícia Federal, a Receita Federal e a Polícia Militar.

Foram encontradas escondidas na carga de carne suína 75 pistolas, sete fuzis e mais de duas toneladas de maconha. “Todas as pistolas tinham carregador alongado, kit rajada, algumas adaptadas para realizar disparos automáticos. Um arsenal e com armamento restrito”, destacou o delegado da PF, Hugo Mendonça.

O caminhão vinha sendo monitorado desde a região de Foz do Iguaçu, no Oeste, na fronteira do Brasil com o Paraguai. “Havia a suspeita, por meio de registros de imagens das rodovias, de que esse caminhão poderia estar movimentando alguma carga ilícita. Não sabíamos o que exatamente e na abordagem foi verificado todo o material que acabou apreendido”, explicou.

A carga de carne é lícita. “Apenas o lacre foi rompido. A Receita Federal constatou que o lacre não bate com o que deveria constar. Acreditamos que que a carne foi retirada com as notas fiscais na região Oeste e, na sequência, o caminhão parou na fronteira onde inseriram o armamento e a droga.”

O motorista, preso em flagrante, ficou em silêncio durante o depoimento. Ele foi indiciado por tráfico internacional de armas e de droga. “Pode ser um ‘consórcio’ com vários traficantes utilizando a mesma logística, o que vamos apurar na investigação. Temos uma grande apreensão, mas não temos muitas informações sobre o destino”, ponderou.

A maconha deverá ser incinerada ainda esta semana e o armamento enviado para o Exército para destruição.

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