O Estado do Paraná possui 17 mil indígenas divididos em 63 aldeias. A informação é da diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes, que explica que a secretaria de Estado de Saúde trabalha em conjunto com o Dsei (Distritos Sanitários Especiais Indígenas) e Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), do Ministério da Saúde, além de organizações no Paraná, como Defesa Civil e universidades.

"Identificamos em junho, em São Miguel do Iguaçu (Oeste), um caso de um indígena que trabalhava em um frigorífico e levou a doença para toda a sua aldeia", observa, acrescentando que foi elaborado um plano de contingência, envolvendo a 9ª Regional de Saúde de Foz do Iguaçu, o gestor e a equipe de São Miguel do Iguaçu, além de outras organizações. "Foi feita a organização da aldeia e a testagem de todos os integrantes”, destacou Lopes. Além disso, foi solicitado ao frigorífico que mantivesse os indígenas fora da escala de trabalho para que eles ficassem em isolamento.

Unidade de Saúde da TI Apucaraninha: monitoramento dos casos é realizado diariamente
Unidade de Saúde da TI Apucaraninha: monitoramento dos casos é realizado diariamente | Foto: Gustavo Carneiro

De acordo com a diretora, o monitoramento dos casos é realizado diariamente e a sua pasta vem observando o crescimento dos casos em aldeias indígenas. “Não é diferente do que vem ocorrendo em outros estados. Como os índios vivem em comunidades isoladas, mas confinadas, um caso que é registrado e o risco está instalado. Mesmo que haja apenas um caso em uma aldeia, temos que tratar a terra indígena como um todo.”

Segundo ela, a experiência pode ser replicada em outras comunidades. “A gente conseguiu controlar o surto em São Miguel do Iguaçu e atendeu todas as pessoas, onde os casos confirmados ficaram isolados na escola dentro da aldeia. "