Depois de ter um caso suspeito descartado em julho, existe a possibilidade da varíola dos macacos ter chegado a Londrina. Na tarde desta terça-feira (9), a Secretaria Municipal de Saúde de Londrina anunciou que investiga 12 casos suspeitos da doença na cidade, também conhecida como monkeypox.

A pasta realizou uma reunião com a equipe para reforçar como é feita a classificação dos casos suspeitos.
A pasta realizou uma reunião com a equipe para reforçar como é feita a classificação dos casos suspeitos. | Foto: Karen Ducey / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Em entrevista à Tarobá afirmou que os pacientes foram avaliados por diferentes serviços de saúde pública e privada, tiveram exames coletados e enviados ao Lacen (Laboratório Central do Estado). A reportagem da Folha tentou entrar em contato com o Secretário Felippe Machado, mas a assessoria de imprensa, embora tenha confirmado as informações, relatou que mais detalhes seriam repassados em uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (10) pela manhã.

Ainda não há informações de como os pacientes foram infectados pelo vírus monkeypox, seja por transmissão local ou por intermédio de viagens internacionais.

A pasta realizou uma reunião com a equipe para reforçar como é feita a classificação dos casos suspeitos, como são as lesões características da varíola do macaco, além da necessidade que os profissionais façam o isolamento do paciente por 21 dias e o monitoramento dos familiares e pessoas próximas.

“O paciente pode apresentar febre, lesões na pele e vermelhidão. Importante saber se ele fez alguma viagem com países com casos confirmados da doença. O período de isolamento ideal é de 21 dias até o desaparecimento das lesões.”, disse Machado à Tarobá.

No boletim semanal da Sesa (Secretaria estadual de Saúde) esses 12 casos ainda não estão relacionados. A assessoria informou que um novo boletim deve sair nesta quarta-feira (10) até o fim do dia.

TRANSMISSÃO

A monkeypox é transmitida principalmente por meio de contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões de pele ou mucosa de animais infectados. A transmissão secundária, ou seja, de pessoa a pessoa, pode ocorrer por contato próximo com secreções respiratórias infectadas, lesões de pele de uma pessoa infectada ou com objetos e superfícies contaminados.

A transmissão por gotículas respiratórias geralmente requer contato pessoal prolongado, o que coloca os profissionais de saúde, membros da família e outros contatos próximos de pessoas infectadas em maior risco. No entanto, a cadeia de transmissão documentada mais longa em uma comunidade aumentou nos últimos anos de 6 para 9 infecções sucessivas de pessoa a pessoa. Isso pode refletir o declínio da imunidade em todas as comunidades devido à cessação da vacinação contra a varíola.

Embora o contato físico próximo, ou seja, contato íntimo, seja um fator de risco observado na transmissão dos casos confirmados nos países não endêmicos, a transmissão sexual nunca foi descrita. Desta forma, estudos são necessários para entender melhor esse risco. A transmissão vertical ou durante o contato próximo no pós-parto também pode ocorrer. O período de transmissão da doença se encerra quando as crostas das lesões desaparecem.

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