Única a apresentar propostas, a Construtora Guetter, de Curitiba, foi definida como a empresa que vai construir a nova sede da 10ª Subdivisão Policial, que será no modelo de Delegacia Cidadã. A obra será erguida em um terreno de quase 1,8 mil metros quadrados na Avenida Luigi Amorese, zona oeste. O custo será de R$ 8,8 milhões.

Imagem ilustrativa da imagem Empresa curitibana vai construir nova sede da 10ª SDP de Londrina
| Foto: Gustavo Carneiro/Grupo Folha

É um valor superior ao previsto inicialmente, que era de R$ 7,4 milhões. O imóvel será construído com recursos obtidos pelo governo estadual por meio de um empréstimo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). A Sesp (Secretaria Estadual de Segurança Pública) foi procurada pela FOLHA, mas não informou quando os trabalhos efetivamente devem começar.

Com o formato de Delegacia Cidadã, a ideia do delegado-chefe da Polícia Civil de Londrina, Amarantino Ribeiro Neto, é reunir o máximo de unidades policiais em um só lugar. "Hoje nossa estrutura está esparramada. Só aqui na sede da 10ª SDP, temos quatro delegacias e ainda a parte administrativa, fora as outras que estão em espaços alugados. Assim que conhecermos a planta do novo prédio, vamos definir quem vai pra lá", explicou.

Delegado-chefe da Polícia Civil de Londrina, Amarantino Ribeiro Neto
Delegado-chefe da Polícia Civil de Londrina, Amarantino Ribeiro Neto | Foto: Rafael Machado/Grupo Folha

Apenas o Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes), na zona leste, e o 5º Distrito Policial, na região norte, funcionam em locais próprios do Estado. Segundo Ribeiro Neto, a junção dos distritos policiais dá mais eficiência para a rotina dos delegados, escrivães e investigadores. "Quando o flagrante chega no 2º DP, por exemplo, precisa ser concluído no 4º DP e, dependendo do conteúdo da ocorrência, vai para alguma especializada. Imagine tudo isso em único ponto. Facilita até para a população na hora de registrar alguma queixa", afirmou.

A Delegacia Cidadã também promete superar obstáculos no setor físico. "Esse modelo atende aos requisitos de acessibilidade, espaço para a OAB e a Defensoria Pública, por exemplo. Além disso, o ambiente para determinada testemunha prestar depoimento melhora consideravelmente. Torna a investigação policial mais eficiente. Não sei quais órgãos vão para a nova sede, mas queremos concentrar o máximo de unidades. Não adianta ter todo mundo trabalhando apertado porque perde o objetivo de qualificar o trabalho da Polícia Civil", argumentou.

Conforme o delegado-chefe, o terreno na Luigi Amorese foi escolhido por ser de fácil acesso. "Algumas pessoas podem pensar que quem mora em um bairro distante, por exemplo, vai ter dificuldades para procurar a polícia longe de casa. Mas a ideia é reunir os serviços em um só lugar para facilitar a vida do denunciante. Hoje as delegacias sofrem com a falta de estacionamento, problema que também pretendemos resolver com a Delegacia Cidadã", finalizou.