Cultos evangélicos se programam para retomada presencial
Conselho de Pastores Evangélicos de Londrina e Região Metropolitana Pastores reforçam cuidados
PUBLICAÇÃO
sábado, 23 de maio de 2020
Conselho de Pastores Evangélicos de Londrina e Região Metropolitana Pastores reforçam cuidados
Walkiria Vieira - Grupo Folha
Ainda na coletiva realizada na sexta (22), o prefeito Marcelo Belinati explicou que um decreto publicado pelo governo do Estado regulamentou a abertura de casas religiosas, por meio de uma resolução que considerou a atividade essencial. Ele pediu para que as regras de restrição sejam respeitadas - 30% de ocupação e distanciamento de dois metros. "Uma questão muito importante é que pessoas de mais idade e com comorbidades continuem acompanhando as ações religiosas pela internet", reforçou.
Por meio de nota nas redes sociais, o Conselho de Pastores Evangélicos de Londrina e Região Metropolitana - CPEL, declarou: O CPEL recomenda a todas as igrejas de Londrina que sigam rigorosamente a Resolução nº 734/2020, da Secretaria da Saúde do Estado, a qual regulamenta a referida lei e impõe parâmetros. Lembrando que as lideranças das igrejas locais serão responsabilizadas pelo descumprimento das orientações da normativa."
Do ponto de vista do pastor Adriano Dedin, da Igreja Batista da Lagoinha, a decisão foi assertiva. "Nós, como igreja e instituição, nos preocupamos com nossa comunidade e a saúde de cada um. Decidimos retornar na próxima semana, dia 31, e nesse período faremos um treinamento para que não haja tumulto ou aglomeração", explicou. A Lagoinha realiza cultos às quartas, sábados e domingos, mas prefere aguardar até o próximo domingo para reabrir a casa com mais segurança e tranquilidade.
Na prática, Dedin esclarece que de acordo com as normas estabelecidas, a unidade poderá receber no máximo 100 pessoas nos dias de culto. Temos um número de WhatsApp e a confirmação de presença deverá ser consolidada previamente. Dedin ressalta ainda que havia uma expectativa muito grande dos fiéis pelo retorno das atividades presenciais. "Havia muito clamor e a maioria já se manifestou alegremente com a informação da reabertura", disse.
O líder de adolescentes da Igreja Batista da Lagoinha, Guto Negri, concorda com a volta das atividades presenciais com todas as regras de segurança. "Nesse período de isolamento, nossa proposta foi a de que a pessoa criasse em sua casa um ambiente espiritual e reservasse um momento para essa vivência profunda, mas nem todos conseguiram. O corpo mais ativo participava das videoconferências, mas havia também um grupo de frequentadores habituais muito carente de estar presente nas celebrações, que são verdadeiro alimento para o espírito." Negri esclarece que as atividades administrativas foram mantidas nesse período.
O Pastor Fernando César Monteiro, da Igreja Metodista Central de Londrina, explicou que está com o documento que permite a reabertura em mãos. Mas agirá com cautela. "Estamos em uma fase de planejamento. A resolução apresenta 33 itens que devem ser rigorosamente cumpridos e nessas próximas semanas estarei reunido com as lideranças da Metodista para um estudo minucioso e seguro. Monteiro vislumbra que a possibilidade de reabertura seja para meados de junho, mas ainda não há nada definido."
Já a Arquidiocese de Londrina decidiu manter as missas e cultos religiosos com a presença de fiéis suspensos até 15 de junho como forma de colaborar com as medidas de combate à transmissão do novo coronavírus. Nesta data, uma nova avaliação sobre o avanço da Covid-19 será realizada.
O governador Ratinho Junior sancionou, no dia 20 de maio, a lei que libera o funcionamento de igrejas e templos religiosos no Estado. A lei, proposta por deputados da bancada evangélica da Assembleia Legislativa, estabelece esses espaços como locais de “atividade essencial” e proíbe o fechamento dos mesmos durante períodos de calamidade pública. Até então, as igrejas estavam proibidas, por decreto do governo do Estado, de promoverem cultos coletivos, podendo apenas realizar atendimentos individuais.