O Paraná deu início à campanha de atualização dos rebanhos, que se estende até 30 de junho. O procedimento é obrigatório a todos os produtores rurais com animais de produção de qualquer espécie sob sua guarda.

Produtores rurais que não fizerem a atualização estão sujeitos à aplicação de multas por animal
Produtores rurais que não fizerem a atualização estão sujeitos à aplicação de multas por animal | Foto: Gilson Abreu/AEN

Aqueles que não cumprirem a exigência ficarão impedidos de obter a GTA (Guia de Trânsito Animal), documento que permite a movimentação de animais entre propriedades e para abate nos frigoríficos. Além disso, a legislação prevê multa no valor de uma UPF (Unidade Padrão Fiscal) por cada animal. Em abril, uma UPF correspondia a R$ 123,96.

A Guia de Trânsito Animal somente será emitida após a atualização de todas as espécies animais existentes na propriedade (bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho-da-seda).

A Gerência de Saúde Animal da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) aponta que existem 158 mil propriedades no Paraná e 192 mil explorações pecuárias, sendo que as principais espécies somam, aproximadamente, 8,6 milhões de bovinos, 6,3 milhões de suínos, 20 mil aviários, 240 mil equídeos, além de outros animais.

O cadastro de animais é obrigatório desde 2019, como parte das ações que prepararam o Paraná para receber o certificado de área livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) em 27 de maio de 2021. Como compromisso do Estado, há a necessidade de realizar o cadastro de todos os animais uma vez por ano, durante os meses de maio e junho.

IMPORTÂNCIA

O gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, alertou que a atualização do rebanho é importante para os próprios produtores, pois possibilita uma ação rápida nos casos de suspeita inicial de doenças nos animais.

“O status de Área Livre Sem Vacinação que o Estado conquistou após muito esforço exige uma vigilância permanente, e é isso que queremos ao exigir a atualização do rebanho das propriedades rurais do Estado”, afirmou.

O diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, destacou que o trabalho dos profissionais da entidade não parou após a conquista do certificado junto à Organização Mundial de Saúde Animal.

“Agora estamos ainda mais vigilantes, cuidando com muita atenção das fronteiras e das divisas do Estado, trocando muitas informações com os Conselhos de Sanidade Agropecuária e com entidades representativas do setor, e precisamos desse auxílio dos produtores para que nos forneçam os dados e juntos consigamos manter o status do Paraná”, disse.

MUDANÇA

Anteriormente, a vacinação do rebanho de bovinos e bubalinos servia como base para o controle do rebanho. Com o fim da vacinação contra a doença, a Adapar substituiu o comprovante de vacina pela campanha de atualização de rebanhos.

“Esse cadastro é importante para reforçar a defesa sanitária estadual, promovendo a rastreabilidade e a sanidade do rebanho paranaense. O Paraná conseguiu o status sanitário e se colocou, de forma privilegiada, no mercado internacional de proteínas animais. Não podemos perder todo o esforço realizado”, ressalta Ágide Meneguette, presidente do Sistema Faep/Senar-PR.

COMO FAZER

Os produtores podem fazer a atualização no sistema online pelo site da Adapar (www.adapar.pr.gov.br) e também presencialmente em uma das Unidades Locais da Adapar, Sindicatos Rurais ou Escritório de Atendimento de seu município (prefeituras). A partir de 30 de junho, o produtor que não atualizar o rebanho estará sujeito a multas.

O acesso ao sistema também está disponível de forma direta por meio do link www.produtor.adapar.pr.gov.br/comprovacaorebanho.

Para fazer a comprovação, o produtor deve ter o CPF cadastrado. Nos casos em que seja necessário ajustar o cadastro inicial (correção de e-mail, por exemplo), o telefone para contato é (41) 3200-5007.