Trio Iroko leva a diversidade da música latina ao Ouro Verde

A temporada de diversidade musical continua em Londrina. O FIML (Festival Internacional de Música de Londrina) apresenta a sonoridade versátil e contemporânea do Iroko Trio nesta terça-feira (16), às 20h30, no Teatro Ouro Verde.

O trio é formado por três músicos de diferentes países da América Latina: Elodie Bouny, violonista, de ascendência boliviana, nascida na Venezuela e criada em Paris; Carla Rincón, violinista, venezuelana que vive no Brasil; e Marcelo Caldi, acordeonista brasileiro.

O encontro no Brasil proporcionou uma mistura de gêneros latino-americanos, com fortes e evidentes raízes dos lugares onde viveram e percorreram, unindo a música erudita às formas populares como valsa, milonga e rumba.

Com arranjos próprios e uma atmosfera multissensorial, o espetáculo promete ser uma viagem pela América Latina, colocando a bordo até mesmo aqueles que não são familiarizados com os ritmos desenvolvidos pelo trio. Neste itinerário, do México à Argentina, os músicos exploram todas as possibilidades sonoras que os instrumentos oferecem, tanto individualmente quanto em conjunto.

“Nosso som é um som de orquestra. Nós temos dois instrumentos harmônicos e melódicos, obviamente, como a sanfona e o violão e ainda temos um violino, então a diversidade harmônica e melódica que temos é infinita”, garantiu a violinista Carla Rincón, em entrevista à FOLHA.

O espetáculo de 60 minutos ganha força também com o videocenário da apresentação, que estabelece diálogo entre cultura e identidade e a relação das pessoas com o lugar.

RETORNO AO FIML

A última vez que o trio se apresentou em Londrina foi em 2019, no 39º FIML. Nesta edição, os instrumentistas subirão ao palco de um dos lugares mais importantes e históricos de Londrina para unir obras autorais a canções emblemáticas de músicos renomados.

“A expectativa é muito linda, porque na verdade é a primeira vez que a gente vai se apresentar no Ouro Verde. A gente se apresentou no Teatro Crystal e no Bar Valentino, e a apresentação desse repertório tem algumas mudanças, algumas peças que quisemos incluir, como as canções de Villa Lobos. Nós fizemos um programa para TV Cultura com as canções dele e pensamos que seria um bom momento também incluí-las dentro do nosso repertório latino-americano”, afirmou.

Com o espetáculo Andarilho Américas, o Iroko Trio tem se apresentado em diversas cidades do Brasil e já levou seu som para países como Portugal, Egito e Argentina. Ao falar sobre a importância dos festivais de música, a musicista os destacou como plataformas fundamentais para a interação e o intercâmbio cultural.

“Sem os festivais, a gente não se comunica. A gente não estabelece redes de conexão e compartilhamento, entre tantos projetos, estados, alunos, professores de vários países… Essa troca é de uma riqueza infinita, né? Troca de experiências, pontos de vista, de formas de se trabalhar, então é só crescimento”, disse.

Atualmente, o trio está gravando um CD com obras do Guia Prático de Heitor Villa-Lobos, com faixas selecionadas da coletânea de 137 arranjos criados pelo compositor, em 1930, para a música folclórica brasileira. O álbum, que conta com arranjos de Marcelo Caldi, ainda não tem previsão de lançamento.

SERVIÇO

Iroko Trio no 44º FIML

Quando: nesta terça-feira (16), às 20h30

Onde: Teatro Ouro Verde (R. Maranhão, 85 - Calçadão de Londrina)

Quanto: a partir de R$30, à venda pela plataforma Sympla