Encerrando a programação da edição 2022, o projeto Bibliocircuito recebe neste sábado (13) a jornalista e escritora baiana Joselia Aguiar. Autora da biografia de Jorge Amado a convidada que já foi curadora da Festa Literária Internacional de Paraty – Flip ministrará a palestra “Singular e plural: uma visão sobre curadorias em espaços de cultura”. O evento será realizado às 10 horas, na Biblioteca Pública Municipal, com entrada gratuita.

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Joselia Aguiar compartilhará com o público londrinense suas ideias, seu processo criativo e pesquisa de repertório na concepção de curadorias que realizou em grandes eventos nacionais. Nascida em Salvador (BA), ela foi curadora da Festa Literária Internacional de Paraty – FLIP (2017-2018) e do Festival da Mantiqueira (2014). Também dirigiu, entre 2019 e 2021, a Biblioteca Mário de Andrade, a maior de São Paulo e a segunda maior do país em acervo.

Bacharel em Comunicação Social (UFBa), mestre e doutora em História (USP), Joselia trabalhou na Folha de S.Paulo como repórter, redatora, correspondente em Londres e colunista de livros. Com “Jorge Amado – uma biografia” foi vencedora do prêmio Jabuti 2019 na categoria Biografia, Documentário e Reportagem. Atualmente, trabalha no seu segundo livro, sobre a pintora paulista Djanira da Motta e Silva (1914-1979).

No bate-papo com o público londrinense, Joselia pretende fazer uma abordagem ampla acerca de temas que envolvem curadorias na área cultural. "É importante pensar os caminhos de formação de um curador, os desafios institucionais - para compatibilizar os muitos interesses em conflito na sociedade - e também bastante sobre como, na prática, se dá um processo de decisão curatorial”, destaca.

Algumas características fundamentais para a realização de uma boa curadoria são apontadas por ela. “Os profissionais envolvidos têm de estar o tempo todo com as antenas ligadas para entender o que está acontecendo, quem está produzindo e o quê. Ao mesmo tempo, também devem manter suas pesquisas relacionadas ao que aconteceu antes, para entender quem ou o quê do passado precisa ser trazido para a cena contemporânea”, afirma.

DESAFIOS

Na avaliação de Joselia, apesar de o trabalho de curadoria estar avançando no país, os curadores brasileiros ainda enfrentam diversos desafios na área. “Sem dúvida houve uma mudança imensa e continua a avançar muito no que se refere à busca de diversidade. Em geral há uma imensa dificuldade com relação a recursos. E também quanto à formação de público. As pessoas costumam ver o que é mais conhecido e já foi absorvido pelas grandes mídias”, ressalta.

Em relação aos eventos em homenagem à Semana de Arte Moderna de 1922, a exemplo do Bibliocircuito que acontece em Londrina, a curadora faz uma observação. "Tivemos bastante coisa acontecendo no primeiro semestre, sobretudo entre Rio e SP. Noto que em outros estados a efeméride foi menos lembrada, até porque a data não tem o mesmo sentido no país”, conclui.

Patrocinado pela Prefeitura de Londrina/Secretaria Municipal de Cultura por meio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic), o Bibliocircuito é realizado pela APD - Associação dos Profissionais de Dança de Londrina e Região Norte do Paraná, e tem curadoria do jornalista e professor Renato Forin Jr., da bibliotecária e pesquisadora Sueli Bortolin e do professor e pesquisador Marcio Carreri.

SERVIÇO:

Bibliocircuito 22 – A Vacina Antropofágica

Palestra “Singular e plural: uma visão sobre curadorias em espaços de cultura”, com Joselia Aguiar

Quando - Sábado (13), às 10 horas

Onde - Biblioteca Pública de Londrina (Av. Rio de Janeiro, 413)

Gratuito (lotação por ordem de chegada)

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