Desde 1948 a Folha de Londrina vem registrando os fatos mais importantes da cidade, do estado, do país e do mundo. Além de reportagens e fotografias que mantêm os paranaenses bem-informados há mais 70 anos, imagens produzidas por diversos ilustradores têm ajudado a retratar acontecimentos históricos publicados pelo jornal. Alguns dos trabalhos produzidos por artistas gráficos de diversos estilos que integraram a equipe de jornalismo do Grupo FOLHA de Comunicação nas últimas décadas podem ser conferidos na exposição “A arte na Folha de Londrina: ilustrações, charges, caricaturas (1980-2010)”, que fica em cartaz até o dia 14 de abril, na Capela Ecumênica da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Exposição na UEL também traz várias ilustrações em preto e branco
Exposição na UEL também traz várias ilustrações em preto e branco | Foto: Roberto Custódio

Promovida pelo Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica (NDPH) da UEL por meio do Projeto de Extensão - "Memórias de quem registrou as histórias: a imprensa local e o Norte do Paraná 1950-2020", a mostra conta com 32 imagens. “Optamos por tematizar a exposição selecionando trabalhos que retratam problemas nacionais ligados à pobreza, desenvolvimento e tecnologia. A exposição conta com obras assinadas por diversos artistas. Entre eles, Flávio Padovezi, Douglas Mayer, Beto, Eduardo Tadeu, Regina Menezes e Degar”, informa Marco Antonio Neves Soares, docente do Departamento de História da UEL e coordenador do Grupo de Pesquisa de História Regional/Local.

Ilustração de Douglas Mayer, outro artista que integra a mostra
Ilustração de Douglas Mayer, outro artista que integra a mostra | Foto: Roberto Custódio

Um dos ilustradores que integram a mostra é André Galvão de França (Degar). Admirador do trabalho de Henfil e de grandes cartunistas franceses, ele começou a produzir ilustrações aos 18 anos para veículos de imprensa do interior de São de Paulo. Integrando a equipe de jornalismo da FOLHA entre os anos 1992 e 1995, ele teve várias de suas ilustrações publicadas no jornal, sendo que algumas delas podem ser vistas na exposição promovida pela UEL.

“O conteúdo da informação pode ser fortalecido com a composição visual, seja a ilustração, foto, diagramação, fontes do texto e título. A ilustração enriquece o conteúdo e, às vezes, até protagoniza a informação. A Folha de Londrina é um dos maiores jornais do Brasil, abrigou durante sua existência muitos profissionais que são referência no jornalismo, seu acervo escrito e de imagens registram a história em suas páginas, o que é fundamental para quem no presente compreenda o passado e possa se referenciar para construir a informação de qualidade no futuro”, afirma o artista visual que é formado em Direito e atuou na área cultural de Londrina antes de retornar para Jaú (SP), sua cidade natal.

Cartunista, gravurista e editor gráfico graduado em Artes Visuais pela UEL, Luiz Alberto da Silva - conhecido apenas como Beto – também produziu em diferentes períodos importantes trabalhos para a FOLHA que agora podem ser revistos na exposição. Premiado em primeiro lugar no 3º Salão Medplan de Humor, em 2011, ele avalia como de fundamental importância o trabalho realizado por ilustradores para a imprensa brasileira. “Infelizmente muitos jornais deixaram de circular nos últimos anos. Por outro lado, a internet tem mostrado a relevância das artes visuais no mundo contemporâneo”, enfatiza.

Ilustração de Beto para quem "a internet mostra a relevância das artes visuais no mundo"
Ilustração de Beto para quem "a internet mostra a relevância das artes visuais no mundo" | Foto: Roberto Custódio

As imagens selecionadas para a exposição “A arte na Folha de Londrina: ilustrações, charges, caricaturas (1980-2010)” integram o acervo doado à UEL pelo Grupo Folha de Comunicação. “Nessa doação que foi realizada no início da pandemia, além das edições impressas do jornal recebemos fotografias, ilustrações e vários outros materiais que fazem parte do processo de criação das reportagens, como entrevistas em fitas cassetes e outros itens. Todo esse material está guardado em espaços adequados com controle de temperatura e de umidade ideais para garantir a sua conservação. Ainda estamos fazendo o inventário de todo o acervo que abrange o período de 1950 até os anos 2020. Futuramente pretendemos produzir várias outras exposições para mostrar ao público a riqueza desse acervo de valor histórico incomensurável”, conclui Soares.

Um trabalho crítico e bem-humorado de Arionauro
Um trabalho crítico e bem-humorado de Arionauro | Foto: Roberto Custódio

Serviço

Exposição “A arte na Folha de Londrina: ilustrações, charges, caricaturas (1980-2010)”

Quando - Até 14 de abril (de segundas, quartas e sextas-feiras, das 9h às 17h; terças e quintas, das 9h às 21h)

Onde – Capela Ecumênica da UEL

Gratuito

Mostra em cartaz na Capela Ecumênica da UEL reúne 32 imagens temáticas sobre pobreza, desenvolvimento e tecnologia produzidas por diversos artistas visuais

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