A fachada do icônico Edifício Júlio Fuganti (localizado na Rua Senador Souza Naves, 9) volta a se transformar em uma grande tela na noite desta quarta-feira (9). Em homenagem ao aniversário de 86 anos de Londrina, o público local terá a oportunidade de assistir a performances de artistas locais, nacionais e internacionais entre 19h e 21h. As atrações foram produzidas especialmente para o Circuito Artes e Conceitos de Londrina (Ciclo), o mais novo festival cultural da cidade que está acontecendo virtualmente devido à pandemia do covid-19.

A projeção artística intitulada “Rever a Volta” inclui vídeos gravados por Juliana Moraes (SP), Denilson Baniwa (Barcelos - AM), Francisco Mallman (Curitiba) e Stefano Di Budio (Itália), que criou um vídeo especial em homenagem a Nitis Jacon, um ícone do teatro de Londrina e do Paraná. Di Budio também assina a direção artística do Rever a Volta. Haverá ainda o trecho da primeira coreografia criada pelo Ballet de Londrina especialmente para o especial Transmídia que a FOLHA - que também apoia o evento -publica na edição impressa e online de quinta-feira (10), em homenagem ao aniversário da cidade.

Vídeo de Francisco Malmann está entre as atrações que serão projetadas nesta quarta-feira à noite no Edifício Julio Fuganti
Vídeo de Francisco Malmann está entre as atrações que serão projetadas nesta quarta-feira à noite no Edifício Julio Fuganti | Foto: Lídia Ueta/ Divulgação

Iniciada no último final de semana, a programação on-line e gratuita do Ciclo tem continuidade nesta quarta-feira (9), nos canais do evento no Youtube (http://bit.ly/CircuitodeArteseConceitos) e e no Facebook (http://bit.ly/CircuitodeArteseConceitos). Às 18h30, com o espetáculo “Na Gaveta de Baixo”. A montagem londrinense é uma criação autobiográfica da atriz Ana Karina Barbieri que tem como referência a dançarina moderna Martha Graham e a escritora Clarice Lispector. Às 19h30, o Grupo Teatro de Caretas, de Fortaleza (CE) apresenta o espetáculo "Final da Tarde”, que mostra a história de uma mãe, seu filho e seu marido que invade o dia a dia da cidade no instante cotidiano. A programação será encerrada com a montagem "Ñi pu tremen - Mis Antepasados", do KIMVN Teatro, do Chile, que terá início às 20h15. Trata-se de um trabalho gerado a partir de um profundo estudo documental acerca da história e da resistência do povo indígena Mapuche.

Realizado pela promovido pela Palipalan Arte e Cultura, o Ciclo foi aprovado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura (em fase de captação) conta com o apoio institucional da Secretaria Municipal de Cultura de Londrina e da Superintendência Estadual de Cultura. O evento também conta com patrocínio da COPEL.

O filme-poema "O Deus das Coisas", que remete ao ano da pandemia, tem como intérpretes os bailarinos Ariela Pauli e Matheus Nemoto
O filme-poema "O Deus das Coisas", que remete ao ano da pandemia, tem como intérpretes os bailarinos Ariela Pauli e Matheus Nemoto | Foto: Patricia Maria Alves - Grupo Folha

Filme-poema aborda dramas da pandemia

O público que prestigiar as projeções que o Ciclo promove no Edifício Júlio Fuganti na noite desta quarta-feira (9) terá a oportunidade de assistir em primeira mão a um dos vídeos que integra o especial Transmídia que a FOLHA publica na edição comemorativa aos 86 anos nesta quinta (10). Trata-se do filme-poema “O Deus das Coisas”, que traz dois bailarinos que integram o Ballet de Londrina dançando no recém-desativa Cine-Com Tour tendo como pano de fundo uma crônica escrita e narrada por Célia Musilli – editora do caderno Folha 2.

“As cadeiras vazias do cinema representam as perdas causadas pela pandemia. É uma forma de demonstrar nossa solidariedade com as várias famílias que estão sofrendo essa dor neste período”, afirma Patrícia Maria Alves, responsável pela coordenação e produção do vídeo que tem direção assinada por Carlos Fofaun Fortes. Ela explica que o trecho da coreografia apresentada pelos bailarinos Ariela Pauli e Matheus Nemoto foi criada por Marcos Leão para o espetáculo “Um Ex”, primeira montagem do premiado Ballet de Londrina.

Já a crônica escrita pela jornalista e poeta Célia Musilli retrata o drama causado pelo novo coronavírus no mundo todo. "Este ano foi de muitas perdas, pedidos e orações. Todo mundo se deparou com a finitude da vida, pelos amigos, parentes e até desconhecidos que se foram. A pandemia mostrou que o lugar da humanidade no planeta é bem menor do que supõe nossa arrogância de espécie. Um vírus invisível a olho nu nos fez enxergar nosso tamanho real diante do universo”, afirma.

Serviço:

Circuito Artes e Conceitos de Londrina (Ciclo)

Quando – Quarta-feira (9), a partir das 18h30 pelo Youtube e Facebook internet (http://bit.ly/CircuitodeArteseConceitos ou (http://bit.ly/CircuitodeArteseConceitos); e das 19h às 21h, na fachada do Edifício Júlio Fuganti (Av. Senador Souza Naves, 9)

Gratuito