Vanderlei Luxemburgo voltou ao Corinthians. Ele definiu como uma “convocação” a proposta feita pelo Timão. Valorizou. O clube paulista estava precisando mais do que um técnico, mas de uma pessoa que pudesse “enfrentar” com mais casca qualquer descontentamento externo. A diretora está enfraquecida e sem apoio para outra avalanche de críticas após o erro com o Cuca.

Luxemburgo estava meio esquecido. Não figurava mais em nenhuma lista de possíveis técnicos disponíveis. E ele, por si, já tinha desistido de tentar provar que ainda não estava ultrapassado. Voltou e já colocou em debate quem foi o verdadeiro vanguardista daquilo tudo que se pratica aí hoje: campo reduzido, entrelinhas, intensidade, marcação alta e esquemas táticos.

Ele foi muito bom. Está entre os melhores de todos os tempos. Foi vitorioso, ousado, criativo e estava à frente dos concorrentes da época. Mas depois quis sobreviver das conquistas sem apresentar novidades e trabalhos sem tanta dedicação. O Corinthians agora é uma incógnita do que Luxa pode fazer. Ninguém esquece ou desaprende, mas a maneira de se trabalhar mudou muito. Os jogadores mudaram muito.

Outro ponto importante nos times vencedores de Luxemburgo era a quantidade de ótimos jogadores. Fica mais fácil fazer uma salada saborosa com ingredientes de primeira. O Corinthians está desmantelado. Mas Luxa quer voltar ao cenário e centro do debate do futebol brasileiro, pois algo que o incomoda muito é o fato de técnicos estrangeiros estarem ocupando cada vez mais espaço no país.

No Brasil técnico só sobrevive com vitórias, independente do nome e do passado. E Luxa sabe muito bem disso há décadas e décadas. O “Profexô” está de volta, mas em tempos de “Mister”.