Rio de Janeiro - Neste domingo (1º), a natação brasileira teve seu dia menos produtivo até agora nos Jogos Paralímpicos de Paris. No entanto, não faltaram conquistas. Foram dois bronzes, um com Lídia Cruz nos 150 metros medley SM4 e um com o revezamento 4x100 livre S14.

Na classe SM4, para atletas com deficiências físico-motoras, Cruz fez uma prova de recuperação, arrancando para o pódio nos últimos 50 metros, em que nadou no estilo livre. Ela terminou com o tempo de 2min57s16, novo recorde das Américas. O ouro ficou com a alemã Tanja Scholz e a prata com Nataliia Butkova, que compete sob bandeira neutra. O bronze em Paris foi a primeira medalha da carreira de Lídia em Paralimpíadas.

Mais tarde, no revezamento 4x100 livre classe S14, para atletas com deficiência intelectual, o Brasil viveu novamente fortes emoções. O revezamento começou com Arthur Xavier Ribeiro. Na sequência, Gabriel Bandeira imprimiu um forte ritmo e chegou a ocupar a liderança. Na parte final da prova, quando Beatriz Borges Carneiro e Ana Karolina Soares caíram na água, a Grã-Bretanha abriu vantagem na ponta e a Austrália, que colocou um homem para fechar o revezamento, tirou a diferença e passou o Brasil, terminando em segundo. A equipe brasileira fechou com o tempo de 3min47s49, novo recorde das Américas.

E enfim veio a primeira medalha do tiro esportivo brasileiro, obra de Alexandre Galgani, que foi prata na prova R5 carabina de ar 10 metros posição deitado misto. Ele é atleta da classe SH2, para atiradores de carabina que necessitam de suporte para a arma. O paulista de 41 anos somou 254,2 pontos, ficando atrás do francês Tanguy de la Forest (255,4). O japonês Mika Mizuta completou o pódio, com 232,1 pontos.

Já a seleção brasileira de futebol de cegos estreou com vitória por 3 a 0 contra a Turquia neste domingo e largou bem na busca pelo sexto ouro consecutivo na modalidade. Nonato (convertendo dois pênaltis) e Jefinho marcaram os gols do triunfo brasileiro.

No sábado (31), o terceiro dia de competições das Paralimpíadas de Paris teve ouro histórico. A nadadora Carol Santiago venceu os 100m costas S12 (deficiência visual) nos Jogos de Paris e quebrou o recorde das Américas da prova. Ela conquistou a quarta medalha de ouro na carreira e igualou a velocista Ádria dos Santos como brasileira com mais títulos paralímpicos.

Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, venceu os 50m costas na Classe S2 (limitações físico-motoras) e conquistou o segundo ouro em Paris. Na quinta-feira ele já tinha alcançado o topo do pódio nos 100m costas.

Wendell Belarmino ficou na segunda colocação nos 50m livre S11 (atletas com deficiência visual). O ouro ficou com o japonês Keiichi Kimura.

O atletismo brasileiro voltou a brilhar e contribuiu para o quadro de medalhas. Fernanda Yara venceu a prova dos 400m, da classe T47 (deficiência nos membros superiores), e teve a companhia de Maria Clara Augusto, que conquistou o bronze.

Joeferson Marinho conquistou a medalha de bronze nos 100m T12 (deficiência visual). Cicero Nobre também levou o bronze, mas no lançamento de dardo F57 (que competem sentados).

A brasileira Thalita Simplício levou a medalha de prata nos 400m T11 e, apesar da conquista, não escondeu a frustração após a prova.

O Brasil voltou a subir no pódio no tênis de mesa. A dupla Claudio Massad e Luiz Manara foi derrotada pelos chineses Chaodong Liu e Yiqing Zhao por 3 sets a 1 (05/11, 04/11, 11/09 e 08/11) pelas semifinais, e ficaram com o bronze no torneio de duplas das duplas masculinas MD18. No tênis de mesa paralímpico não há disputa de terceiro lugar.

A dupla formada por Dani Rauen e Bruna Alexandre, da classe WD20, também ficou com o bronze. Elas perderam para a dupla australiana Qian Yang e Lina Lei, por 3 sets a 0 (11/8, 11/9 e 12/10).