Especialistas são favoráveis à permanência de Claudinei no LEC
Jornalistas fazem ressalvas à ideia de voltar a jogar no VGD e pedem melhorias na estrutura e conforto para o torcedor
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 15 de outubro de 2024
Jornalistas fazem ressalvas à ideia de voltar a jogar no VGD e pedem melhorias na estrutura e conforto para o torcedor
Lucio Flávio Cruz
Na fase de planejamento para 2025, o Londrina ainda não definiu sobre a continuidade do técnico Claudinei Oliveira. Apesar do objetivo do acesso para a Série B não ter sido alcançado, o trabalho do treinador foi considerado bom pelo clube. Ao mesmo tempo que se organiza dentro de campo, o LEC prepara mudanças fora dele, como a intenção de voltar a jogar no estádio Vitorino Gonçalves Dias (VGD).
A FOLHA ouviu jornalistas esportivos que acompanham o dia a dia do clube a respeito do desempenho de Claudinei Oliveira e do retorno ao VGD, que não abriga uma partida oficial desde 2016. Oliveira assumiu o Londrina na quinta rodada da Série C e teve um aproveitamento de 49%. Foram oito vitórias, sete empates e seis derrotas.
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Para o comentarista Valmir Martins, da Rádio Clube, o treinador foi a principal figura do clube na temporada e fez com que o time brigasse até a última rodada pela vaga, mesmo diante das limitações do elenco. "É um treinador de Série A, Série B na Série C. Conseguiu extrair muito mais do que o grupo poderia render em muitos momentos. Fez um bom trabalho, apesar do acesso não ter vindo", ressaltou.
Martins ressaltou um grau elevado de conservadorismo no treinador, sobretudo na reta final, o que pode ter atrapalhado o desempenho. "Ele não mexeu na forma de jogar e apostou em alguns jogadores que não corresponderam. Mas acredito que se ele participar de todo o planejamento para o ano que vem, escolher os reforços tem tudo para dar certo. É peça fundamental para o sucesso no ano que vem."
Para Matheus Camargo, comentarista da Rádio Paiquerê 91,7, o treinador é a melhor opção por conhecer o clube e parte do elenco que pode permanecer, mas ressalta que o LEC não deve fazer loucura, do ponto de vista financeiro, para manter o técnico.
"Pensando no longo prazo, a permanência seria positiva. Ele teve os seus acertos e falhas também. Por outro lado, não é muito fácil encontrar um treinador de renome e experiência para um clube de Série C. Neste cenário, seria o melhor nome para o ano que vem", frisou.
Rodrigo Saviani, editor do ge.globo/pr, vê o trabalho de Claudinei Oliveira como positivo, até por ter assumido o LEC no meio da temporada e ter praticamente montado o elenco com a competição em andamento. "A continuidade dele, com um bom tempo de pré-temporada, pode ser importante para 2025, pensando justamente na disputa da Série C do Brasileiro mais uma vez", comentou.
VGD
Matheus Camargo entende os motivos apontados por Guilherme Bellintani, presidente da SAF LEC, para voltar ao VGD, como os aspectos esportivos e a proximidade com a torcida, mas ressalta que o estádio tem muitos problemas estruturais e também de infraestrutura externa, como a falta de vagas de estacionamento, por exemplo.
"Entendo que para jogos de menor relevância pode ser uma opção interessante, mas o Londrina tem uma casa, que é o estádio do Café e que também precisa ser melhor cuidado e ter mais investimentos. Não consigo compreender o VGD como o ponto principal do projeto, o grande objetivo da SAF, como disse o Bellintani. Não é simplesmente a volta ao VGD que fará o Londrina um clube maior, mais vencedor", apontou.
Rodrigo Saviani acredita que o VGD pode ser um aliado para o Londrina ser mais forte como mandante, além de criar uma atmosfera diferente para o torcedor. "O VGD dá um ambiente diferente para o torcedor e pode ajudar, sim, na aproximação com o time. Vai precisar passar por adequações importantes, pensando no próprio torcedor", comentou.
Valmir Martins lembra que uma grande parcela da torcida aprova o VGD e, em razão de todos os problemas do estádio do Café, é uma boa alternativa. "Gosto da ideia, desde que sejam feitas as melhorias necessárias e tenha conforto para o torcedor. Se for fazer tudo no improviso, com os equipamentos arcaicos que existem lá, aí não adianta trocar", afirmou.