Teremos medalha para o Brasil no boxe feminino em Paris! Bia Ferreira confirmou o favoritismo e venceu, por decisão unânime, a holandesa Chelsey Heijnen, nesta quarta-feira (31), nos Jogos Olímpicos. Assim, passou para as semifinais na categoria até 60kg e segue firme na luta pelo ouro.

A adversária de Bia na luta para chegar à final será a irlandesa Kelllie Harrington, algoz da baiana em Tóquio-2020, quando disputaram o lugar mais alto do pódio.

Desde o início, a holandesa ficou na defensiva, tentando agarrar os braços da brasileira para evitar a sequência de golpes. Mais potente, Bia foi também mais agressiva e levou o primeiro round por 10 a 9, de acordo com todos os juízes.

O segundo round teve o mesmo roteiro, com o "jogo sujo" do clinche da rival. Nos segundos finais, Bia ainda acertou um belo cruzado no fim para não deixar dúvidas. No último round, a brasileira manteve o domínio e garantiu a vitória, de forma unânime.

O sucesso da brasileira em Paris não é por acaso. Para quem não se lembra, ela já tem uma medalha olímpica, a prata em Tóquio. Além disso, é a atual bicampeã mundial em sua categoria. Bia quer conquistar o cinturão profissional e já tem cinco vitórias em cinco lutas pela categoria.

TÊNIS DE MESA

Imagem ilustrativa da imagem Bia Ferreira supera holandesa e garante outra medalha ao Brasil
| Foto: Alexandre Loureiro/COB

Diante de um ginásio lotado e contra um oponente francês, Hugo Calderano superou as adversidades para avançar às quartas de final do tênis de mesa nos Jogos de Paris 2024. Nesta quarta-feira (31), o brasileiro venceu o francês Alexis Lebrun, nas oitavas, por 4 sets a 1 (parciais de 3/11, 11/5, 11/6, 11/3, 11/8), em partida disputada na Arena Paris Sul. Com o resultado, Calderano já igualou a melhor campanha de um brasileiro na modalidade em Jogos Olímpicos, uma vez que ele mesmo avançou às quartas em Tóquio 2020.

Jogando contra o dono da casa e a barulhenta torcida francesa, Hugo Calderano não se intimidou e se impôs para vencer um dos irmãos Lebrun, sensações do tênis de mesa francês. O brasileiro agora se prepara para a disputa das quartas de final diante do sul-coreano Woojin Jang. Vale lembrar que o chinês número 1 do mundo, Wang Chuqin, foi eliminado pelo sueco Truls Moregard (número 26 do mundo), e saiu do caminho do brasileiro numa eventual semifinal.

"Eu já conheço muito bem o sul-coreano Woojin Jang. Vai ser um jogo muito difícil, ele tem bons saques, é muito agressivo, tem um forehand muito potente também. Acho que é um jogador que cresce nesse tipo de competição, então vou estar preparado para mais uma briga muito forte", avaliou Hugo.

TÊNIS

O tênis brasileiro se despediu dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 nesta quarta-feira, 31. As últimas representantes do Brasil eram Beatriz Haddad Maia e Luísa Stefani, esta medalhista de bronze nas duplas em Tóquio 2020. Na disputa de duplas femininas, Bia e Luísa perderam para as britânicas Katie Boulter e Heather Watson por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/4. A dupla rival segue para a disputa das quartas de final dos Jogos Olímpicos.

JUDÔ

O judoca Rafael Macedo foi desclassificado da luta contra o francês Maxime-Gael Ngayap Hambou nesta quarta-feira (31) e perdeu a chance de conquistar o bronze. Ambos estavam com duas punições. Após uma disputa no chão, a arbitragem assinalou mais uma para o brasileiro, encerrando a luta.

Depois de uma confusão sobre a decisão, a Confederação Brasileira de Judô descobriu, enfim, qual foi a punição que determinou a derrota de Rafael. Quando o brasileiro aplicou um golpe no francês, o árbitro marcou um Shido, punição em Rafael. Mas o placar oficial não registrava qual o motivo, e todos da comissão técnica da CBJ e o atleta ficaram dúvida.

Depois disso, o chefe de missão da CBJ, Marcelo Theotonio, foi até a mesa de arbitragem para esclarecer a situação. "Realmente ficou confuso, não entendemos a punição. Inicialmente entendemos que ele tinha dado punição por pegar dentro do quimono. Não foi isso, não ficou claro. Quando fomos até a mesa, conversar com os responsáveis pela arbitragem, essa posição, quando você pressiona só a cabeça, é realmente considerado matê e shido. Seria esse último ponto que o Rafael sofreu. O duro é que tem um guia que mostra uma situação um pouco diferente. Mas ali eles abriram um outro guia, com uma regra mais atualizada, e mostra que é shido", explicou o dirigente. Teotônio disse que a decisão era lamentável e "bastante discutível".

No livro de regas da Federação Internacional de Judô, disponível em seu site, a regra diz que esse tipo de lance deveria levar a Mate (parar a luta), mas sem Shido. Mas a versão apresentada aos brasileiro como mais atualizada, mostra uma decisão diferente.

Pelas regras do judô, não há como recorrer da decisão para tentar reverter a derrota, nem dava para pedir análise do VAR durante a luta. Só os juízes podem ter essa iniciativa.

REMO

As brasileiras Martine Grael e Kahena Kunze se recuperaram nas últimas três classificatórias da categoria skiff (49erFX) e avançaram à regata de medalha. Nas regatas desta quarta-feira (31), elas fecharam em 4º, 9º e 2º lugar, ocupando a oitava posição geral.

CANOAGEM

A mineira Ana Sátila, que treina em Foz do Iguaçu (PR), bateu na trave novamente e ficou fora do pódio do C1 da canoagem slalom nas Olimpíada de Paris, nesta quarta-feira (31). A canoísta terminou a disputa do C1 feminino em quinto lugar, cinco posições à frente do recorde anterior, dela mesma, de Tóquio 2020. Ana já havia batido na trave da final do caiaque (K1), onde terminou em quarto lugar.

CICLISMO BMX

Gustavo Batista de Oliveira, o Bala Loka, fez uma final histórica no Ciclismo BMX Freestyle nas Olimpíadas de Paris, mas ficou fora do pódio. Foi a estreia do Brasil na modalidade. Bala Loka fez 90.2 em sua primeira corrida. O brasileiro ficou em 6º, com 90.20. O argentino José Torres Gil conquistou o ouro no BMX freestyle após uma ótima primeira corrida. Ele pontuou 94.82, nota que superou até mesmo Tóquio-2020, quando a modalidade estreou. Esse foi o primeiro ouro de países da América do Sul em Paris. A Argentina, agora, está à frente do Brasil no quadro de medalhas. O pódio foi completado pelo britânico Kieran Reilly (prata) e pelo francês Anthony Jeanjean (bronze).

NATAÇÃO

A paulista Bia Dizotti, de 24 anos, concluiu nesta quarta-feira um processo de superação que parecia inimaginável há menos de um ano. Com o sétimo lugar na final dos 1.500m livre na Arena La Défense, com o tempo de 16min02s86, ela ficou novamente entre as melhores do mundo na prova mais longa da natação. O ouro ficou com a norte-americana Katie Ledecky (15min30s02, novo recorde olímpico), a prata com a francesa (15min40s35) e o bronze com a alemã Isabel Gose (15min41s16).

TRIATLO

O triatleta Miguel Hidalgo terminou na décima posição no triatlo masculino, nesta quarta-feira (31), garantindo o melhor resultado brasileiro na história das provas do triatlo. O vencedor da prova foi o britânico Alex Yee, que ficou com o ouro, enquanto o neozelandês Hayden Wilde ficou com a prata, e o francês Leo Bergere com o bronze. (Com informações do Comitê Olímpico Brasileiro e Folhapress)