O total de automóveis emplacados no primeiro semestre deste ano foi de 733.442 unidades, superando em 7,37% o volume da primeira metade de 2022. De acordo com balanço da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), divulgado nesta terça (4), o acumulado do ano passado contabilizava 683.129 unidades desse tipo de veículo.

Quanto a essa categoria de veículo, de maio para junho deste ano, houve um aumento de 11,41%, passando 127.478 para 142.017 emplacamentos. Ao se comparar o resultado de junho deste ano com o de 2022, constata-se também um crescimento de 6,33%.

No levantamento da entidade, destacam-se duas quedas significativas, quando se confrontam dados de junho de 2022 e junho de 2023. A maior delas, de 28,86%, diz respeito a emplacamentos de caminhões. A segunda, de 21,84%, é referente aos segmentos de caminhões e ônibus.

Em movimento contrário, estão os comerciais leves e as motocicletas. Fazendo-se a mesma comparação, entre junho do ano passado e deste ano, tiveram variação positiva de 18,19% e 16,09%, respectivamente.

Para o presidente da entidade, Andreta Júnior, o incentivo do governo federal fez com que o segmento de automóveis "voltasse a bater o coração", mas é necessário se pensar medidas de forma mais ampla, para que o bom desempenho do setor se sustente. Ele disse ainda que a Fenabrave irá entregar ao governo uma proposta nesse sentido, em breve.

A Fenabrave disse nesta terça-feira (4) que está preparando uma nova sugestão de programa para dar sequência à medida do governo federal que oferece descontos para carros de até R$ 120 mil.

Segundo José Maurício Andreta Júnior, presidente da entidade, os estudos técnicos vão considerar questões como manutenção da arrecadação pelo governo, preço acessível, impacto no ambiente e crédito.

"Tem que ter uma sequência desse trabalho. Nós, da Fenabrave, já estamos com o nosso pessoal técnico trabalhando em cima disso. Nós apresentamos um estudo lá atrás [antes da medida atual do governo]. Nós estamos agora revendo. Nós vamos começar a estudar o que aconteceu para que a gente possa propor um projeto para o governo melhor do que o primeiro", disse Andreta Júnior.(Com Agência Brasil)