A roda de conversa “Café com Mulheres que Inspiram”, aberta ao público feminino, será realizada nesta sexta-feira (28), às 14h, na sede da secretaria municipal de Políticas para as Mulheres de Londrina (Rua Valparaíso, s/n, Parque Guanabara). O evento é alusivo ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e ao Dia Nacional de Tereza de Benguela, ambos celebrados no dia 25 de julho. A atividade é gratuita e não necessita de inscrição.

Estarão presentes a professora Marleide Perrude, do Neab (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros) da Universidade Estadual de Londrina, a professora Flávia Carvalhaes, do Projeto Entretons da UEL, e as estudantes do curso de Pedagogia, Marjorie Rafaella Veloso e Daniele Teófilo. Elas vão falar sobre Carolina de Jesus, Conceição Evaristo, Lélia Gonzales, Beatriz Nascimento e outras mulheres negras que inspiram a partir das suas áreas de atuação.

A gestora de Igualdade Racial da Prefeitura de Londrina, Fátima Beraldo, contou que o evento será uma apresentação do trabalho desenvolvido pelo Neab, por meio das rodas de conversa do projeto Mulheres Negras que Inspiram, amparado na literatura feminina afro-brasileira. “Este projeto será apresentado na secretaria municipal de Políticas para Mulheres com o objetivo de divulgar a atividade e envolver outras parcerias nessa ação”, disse.

TEREZA DE BENGUELA

Tereza de Benguela, que tem seu dia celebrado em 25 de julho, foi uma líder do quilombo Quariterê que viveu no século XVIII no Vale do Guaporé, no Mato Grosso. Ela uniu negros, brancos e indígenas para defender o território onde viviam, resistindo à escravidão por mais de 20 anos. Esta liderança negra desempenhou um papel importante no histórico das lutas do Movimento Negro Brasileiro por liberdade e emancipação. O Dia Nacional de Tereza de Benguela se constitui em um marco de resistência e também de resiliência.

“A data simboliza um momento importante para abordar as contribuições das mulheres negras. Também coloca em evidência as diferentes formas de violências contra as mulheres e como essas formas de agressão são potencializadas, sobretudo, entre grupos étnico-raciais em situação de vulnerabilidade e, neste caso, o grupo que compreende as mulheres negras”, ressaltou Beraldo. (Com informações do N.Com)