O município assinou o contrato com uma clínica veterinária de Curitiba, que será a responsável pela castração cirúrgica de cães e gatos em Londrina, por meio de um trailer adquirido e equipado para este objetivo, denominado de Castramóvel. A clínica venceu a licitação lançada pela prefeitura. Será aportado ao longo de um ano R$ 1 milhão para a execução da atividade.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, a expectativa é de que o serviço seja iniciado ainda no primeiro bimestre, também colaborando com o controle de natalidade de animais. “Estamos fazendo ajustes técnicos para que possa ser dada a ordem de serviço de início de castrações. Acreditamos que até o final de janeiro já seja possível que o serviço esteja à disposição da população”, projetou.

Inicialmente, a castração e microchipagem serão ofertadas apenas para animais de beneficiários de programas sociais - municipal ou federal -, de protetores e de ONGs (Organizações não Governamentais). “A princípio nossa intenção é ampliar o programa municipal de castração que já existe, atendendo em especial estes públicos”, destacou.

Machado afirmou que para que animais que vivem nas ruas recebam a castração é necessário um trabalho especial, já que exige cuidados depois da intervenção. “Neste momento há um entendimento técnico da dificuldade de se fazer a castração do animal de rua, justamente por conta disso. Existem índices pequenos, porém, podem ter complicações pós-cirúrgicas”, justificou. “Num segundo momento vamos avaliar como será feito com os animais de rua”, garantiu.

Levantamento da UEL (Universidade Estadual de Londrina), de 2016, apontou que Londrina tem cerca de 60 mil animais abandonados ou semi-domiciliados, que são aqueles que vivem nas ruas, mas têm dono. A secretaria de Saúde não estima quantos animais deverão passar pela intervenção, pois, o valor a ser pago depende do porte.

VALORES

A microchipagem, que está inclusa no trabalho, contempla a implantação de um microchip sob a pele do animal. Por meio de um leitor específico, ele apresenta um código que contém informações como o meio de contato com o dono, porte, raça e idade, entre outros dados.

O Castramóvel foi adquirido em junho do ano passado e custou R$ 100 mil, em recursos próprios do município. A estimativa é de que de 15 a 20 procedimentos cirúrgicos possam ser feitos por dia. Os materiais serão fornecidos pela secretaria municipal de Saúde.