A expectativa de vida vem crescendo e, na mesma medida, sobe o número de trabalhadores mais velhos, que muitas vezes são excluídos do mercado de trabalho. Diante desse cenário de desequilíbrio, o Núcleo Londrina do Grupo Mulheres do Brasil, por meio do Comitê 60+, realiza o painel “Etarismo e Empregabilidade 60+” nesta quinta-feira ( 27) , às 14h, no auditório da PUC Londrina (Av. Jockey Club, 485, Hípica). O encontro reunirá representantes do poder público e profissionais da área de Recursos Humanos. A entrada é gratuita.

“Acreditamos que pautar o assunto e discuti-lo coletivamente pode ajudar a sociedade a encontrar soluções sustentáveis para a complexa problemática”, frisa Samara Headley, líder colegiada do Núcleo Londrina. No País, segundo dados do IBGE, existem cerca de 30 milhões de brasileiros com mais de 60 anos e a dificuldade de inserção ou permanência no mercado de trabalho é apenas um dos aspectos do etarismo, o preconceito por causa da idade, sentido por profissionais das mais diferentes áreas a partir dos 50 anos.

O aumento de trabalhadores mais velhos e a discriminação por idade, ressalta Headley, é visto como um dilema social, uma vez que são observados problemas no acesso ao mercado de trabalho, no sistema de contratação, na demissão e no desenvolvimento da carreira.

LEIA TAMBÉM:

= TI também tem espaço e valoriza os cinquentões

= Pequenos negócios atendem demandas de idosos com vantagens

Para Adriana Martello Valero, líder do Comitê Empreendedorismo do Núcleo Londrina, coordenadora dos cursos de Negócios na PUCPR e consultora em Gestão de Pessoas e Liderança, esse cenário sobre o envelhecimento dos profissionais é visto muitas vezes de forma distorcida, acarretando estereótipos que desembocam no preconceito no mercado de trabalho, e que se intensificou com a pandemia: a camada mais afetada pelas demissões foi a de pessoas acima de 65 anos, conforme dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os motivos principais foram por estarem em grupos de risco e ainda pela falta de suporte à adaptação no home office.

Os desafios nesse contexto do ageísmo, destaca Valero, estão de ambos os lados. Para as empresas, criar programas de retenção, aproveitamento e combate à discriminação. Para os profissionais, se manter atualizado e estar preparado para essa convivência complexa no ambiente empresarial.

PARTICIPANTES

Estão confirmados para o painel Andrea Ramondini Danelon, secretária municipal do Idoso, Luciana Ferreira Alvarez, presidente do Conselho Municipal da Pessoa Idosa, Dacio Villar, coordenador do Projeto Cefe (Centro de Estudos e Formação para o Envelhecimento), e Ruth Hayashi, coach de carreiras e diretora executiva da Loftier Consultoria em Desenvolvimento Humano e Empresarial. A mediação será feita por Adriana Martello. O evento é aberto a todos os interessados. (Com informações do Grupo Mulheres do Brasil)

¨¨

Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1