Segundo a prefeitura, o trânsito continuará liberado durante as obras, que serão realizadas em etapas
Segundo a prefeitura, o trânsito continuará liberado durante as obras, que serão realizadas em etapas | Foto: Pedro Marconi - Grupo Folha

Há cerca de cinco anos, moradores da zona rural de Londrina cobram medidas para a travessia do córrego Água do Gramadinho, entre o distrito de Paiquerê e o patrimônio de Guairacá. Em 2016, durante as fortes chuvas que atingiram a cidade e danificaram mais de 30 pontes, a estrutura foi atingida e surgiu uma grande erosão. Por isso, o tráfego foi alterado.

Na região, o fluxo de veículos vem em duas pistas, porém, quando chega próximo ao córrego se transforma em apenas uma por alguns metros e depois volta ao normal. Essa mudança é indicada pela sinalização delimitada na pintura do asfalto. Com isso, os motoristas precisam esperar quem vem do lado oposto passar para seguir trajeto - já que apenas um veículo pode atravessar por vez.

Mas nem sempre isso é respeitado, gerando riscos e até acidentes. “Esses dias uma caminhonete bateu contra um motociclista. O motociclista achou que ia dar tempo e foi. O rapaz caiu na água e teve que ser resgatado. Os motociclistas circulam em alta velocidade por aqui”, relatou o mecânico Gilmar Santos.

VAZÃO

A prefeitura promete uma resolução para o problema nos próximos meses. O município lançou licitação para a construção de uma ponte. A infraestrutura de concreto armado terá 21 metros de comprimento e 16 da largura. O que existe atualmente é apenas uma tubulação de concreto com duas linhas com um metro de diâmetro.

“O projeto é adequado à vazão das águas do Córrego Água do Gramadinho, que pode se intensificar bastante durante períodos de chuvas. Além de permitir o escoamento da produção agrícola, a estrutura será utilizada para o transporte escolar das crianças e também pelos moradores que precisam de acesso aos serviços de saúde”, destacou Fernando Bergamasco, diretor de Projetos da secretaria municipal de Obras e Pavimentação.

Os envelopes das empresas interessadas serão abertos no próximo dia 25 de janeiro. O valor máximo da obra é R$ 1,7 milhão, em recursos provenientes do Fundo Municipal de Saneamento. Após a assinatura da ordem de serviço a empreiteira terá 150 dias para finalizar os trabalhos. “A tubulação desbarrancou com a chuva e faz tempo que estamos aguardando uma solução. Está feio”, opinou o lavrador Jorge Francisco da Silva.

ETAPAS

O município informou que o trânsito continuará liberado durante as intervenções e que os serviços vão acontecer em etapas. Primeiramente será edificada uma nova pista ao lado da atual. Posteriormente, a armação antiga vai ser demolida para a continuidade das melhorias. “Não temos caminho alternativo para desviar o tráfego. Projetamos uma ponte para ser construída em duas metades. É um desafio, mas temos certeza que dará certo”, garantiu Bergamasco.

Quem transita pela via e espera a revitalização vê no entorno os restos do asfalto que desabou. “É uma obra importante. Tomara que saia do papel mesmo, porque a impressão que dá é que esqueceram dessa ponte pelo tanto de tempo que está desse jeito”, afirmou a dona de casa Maria Ferreira.