A secretaria de Educação de Londrina vai manter, pelo menos, 26 polos para que os alunos possam ter acesso à merenda durante a interrupção das aulas na rede municipal, que começa na segunda-feira (23), por conta do avanço do novo coronavírus. As estruturas estarão distribuídas em todas as regiões da cidade e a merenda será oferecida às crianças de famílias carentes.

Imagem ilustrativa da imagem Apesar da suspensão, escolas de Londrina servirão merenda para crianças
| Foto: Anderson Coelho/ 12/05/2016

Na rede municipal são cerca de 38 mil estudantes matriculados e estima-se que 10% do total esteja em situação de vulnerabilidade social. “Entendemos que não são todos os alunos que vão precisar desse alimento ou que vão para a escola exclusivamente para comer. Porém, sabemos que temos alunos nessa situação", destacou Maria Tereza Paschoal de Moraes, secretária municipal de Educação.

As famílias serão avisadas a partir desta quarta-feira (18) e vão precisar demonstrar interesse em ter acesso à alimentação para a criança junto à instituição de ensino. Serão nove unidades na zona norte, seis na sul, cinco na leste e seis na oeste. Os nomes das escolas vão ser divulgados nos próximos dias. “Na zona rural estamos levantando a demanda ou pensando formas alternativas, porque são bem menos alunos.”

ESCALONAMENTO

Por dia são servidas 57 mil refeições entre todas as 121 unidades de educação do âmbito municipal. O almoço será oferecido seguindo todas as regras de prevenção definidas pela secretaria municipal de Saúde, como grupos com no máximo 50 pessoas. A ideia é de que seja colocado em prática um escalonamento.

"Das 10h30 às 11h, por exemplo, vamos servir para os alunos do 1º ano que a família quer mandar para almoçar. Depois temos prazo de 15 minutos para limpar o refeitório. Às 11h15 é outro grupo e assim sucessivamente. Os refeitórios das escolas vão atuar com o máximo de 50% da capacidade”, exemplificou.

A projeção do poder público é de que até sexta-feira (20) esteja acertada a lista de estudantes que irão à escola somente para almoçar, para que seja feita a distribuição das crianças e definição do cardápio. As famílias vão precisar fazer o transporte dos menores.

REPOSIÇÃO

Sobre a reposição de aulas em razão da paralisação das atividades, a secretaria ainda não tem acertado como vai funcionar após tudo ser normalizado, o que será visto posteriormente. “As escolas fecham, os professores e alunos ficarão em casa e teremos um calendário próprio para fazer a reposição desses dias”, garantiu Moraes. A Lei de Diretrizes e Bases determina que as escolas devem cumprir pelo menos 200 dias letivos anuais.

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