Ter perfil empreendedor e criativo denota habilidades. Encontrar quem aposte e dê apoio é uma oportunidade para colocar em prática planos, sonhos e ideais. Pois a Ambev quer reconhecer e apoiar projetos de inclusão produtiva no Brasil e por isso lançou o edital intitulado "Bora", que vai oferecer suporte financeiro a organizações e comunidades que trabalham com inclusão produtiva.

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O objetivo é dar novas perspectivas de futuro para ajudar brasileiros a enfrentarem a pobreza e apoiar quem busca por trabalho ou oportunidades de crescimento de seus negócios. Por isso, a companhia está abrindo o "1° Prêmio Ambev de Inclusão Produtiva: Empreendedorismo e Empregabilidade", que vai reconhecer 10 práticas de inclusão produtiva no Brasil.

Alinhado aos objetivos do "Bora", o edital busca reconhecer, fomentar e incentivar boas práticas protagonizadas em dois eixos: empreendedorismo e comunidades.

O apoio total é de R$200 mil reais, que serão distribuídos a 10 organizações (R$20 mil cada). O "Bora Empreendedores" vai reconhecer e incentivar cinco negócios de impacto socioambiental.

Serão contempladas suas iniciativas que tenham atuação de impacto ou potencial de atuação de impacto no tema da inclusão produtiva por meio do fortalecimento de capacidades empreendedoras, empoderamento financeiro e conexão. Integram a proposta negócios sociais, startups, incubadoras comunitárias e outros perfis de proponentes que apresentem boas práticas de fortalecimento de capacidades empreendedoras. Serão priorizadas iniciativas que tenham mulheres, jovens e pessoas negras como idealizadores, líderes, gestores, executores ou que atendam esses públicos como beneficiários.

O "Bora Comunidades" vai reconhecer e incentivar cinco empreendedores sociais e Organizações da Sociedade Civil (OSCs) e suas iniciativas de inclusão produtiva conduzidas para o desenvolvimento de pessoas e comunidades, promovendo a geração de emprego e renda por meio de sua conexão direta com o mercado de trabalho formal e/ou do fomento a iniciativas empreendedoras. Nesse eixo serão contemplados empreendedores sociais e OSCs, com priorização de proponentes de perfil comunitário e periférico, assim como iniciativas que tenham mulheres, jovens e pessoas negras como idealizadores, líderes, gestores, executores ou atendam esse público como beneficiários de suas atividades.

"O Bora integra uma sólida jornada de impacto social da Ambev, que ajuda a gerar transformações em todo o ecossistema. Por isso, abrimos esse edital para reconhecer boas práticas de inclusão produtiva no Brasil, mapeando iniciativas para promover esse tema, mostrando o interesse genuíno da Ambev como player social entre stakeholders, estabelecendo relações de confiança e conexão com organizações diversas em territórios estratégicos, impactando positivamente comunidades e empreendedores”, explica Andreza Machado, gerente de Impacto Social da Ambev. As propostas podem ser enviadas até a próxima quinta-feira (17 de novembro). Todas as informações, assim como critérios de seleção, estão disponíveis em https://boraambevaprov.netlify.app/

Andreza Machado, gerente de Impacto Positivo da Ambev: "Edital visa reconhecer boas práticas de inclusão produtiva no Brasil"
Andreza Machado, gerente de Impacto Positivo da Ambev: "Edital visa reconhecer boas práticas de inclusão produtiva no Brasil" | Foto: Divulgação

Machado atenta que o edital contempla desde empreendedores sociais e Organizações da Sociedade Civil (OSCs) até negócios sociais, startups e incubadoras comunitárias. Ou seja, todas têm em comum estar trabalhando com práticas de inclusão produtiva e que apresentem boas práticas de fortalecimento de capacidades empreendedoras. "Estamos falando de pessoas e organizações que buscam investimento e apoio para seguir em seu trabalho e isso que nós estamos oferendo com o edital do Bora", ratifica.

COLETIVO DE LONDRINA VALORIZA AÇÕES DE APOIO

Representante do coletivo londrinense Black Divas, Sandra Aguilera considera que no Brasil ainda há muita discriminação e iniciativas como o "Bora" vem ao encontro das necessidades de diferentes grupos. "Precisamos de forma efetiva e urgente da promoção de igualdade no mercado de trabalho, o coletivo Black Divas faz esse recorte ao procurar várias empresas para aderirem à programas que incluam a comunidade negra" expõe.

O Black Divas surgiu em 2003 e Aguilera destaca a inexpressiva presença de negros em cargos executivos. "O IBGE relata que negros são minoria (29%) nas funções de gestão e têm rendimento médio mensal 57% menor que o dos trabalhadores brancos, enquanto, entre os 13 milhões de desempregados, eles correspondem a 64%", reproduz.

O coletivo Black Divas, de Londrina, que busca o empoderamento das mulheres negras considera importante a inclusão no mercado de trabalho como ação de combate ao racismo e ao preconceito
O coletivo Black Divas, de Londrina, que busca o empoderamento das mulheres negras considera importante a inclusão no mercado de trabalho como ação de combate ao racismo e ao preconceito | Foto: Divulgação

Entre outras evidências, Aguilera pontua que são raríssimas empresas que aderem a inserção de pessoas negras no seu quadro de trabalho. "E quando acontece, os cargos são os subalternos, embora em nosso País mais da metade da população (56%) seja negra. Precisamos gerir a inclusão racial e a educação pode transformar esse quadro que ainda que anda a passos lentos", reflete.

Além de ações contra o preconceito, o racismo e a violência generalizada contra a mulher, o coletivo apoia o empreendedorismo e incentiva o protagonismo das mulheres negras e não negras contribuindo para uma sociedade com igualdade racial e equidade de gênero.

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