Um anúncio de investimento em infraestrutura, como o do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), na última sexta-feira (11), tem um efeito bastante positivo porque transmite confiança para investidores e empresários. O lançamento aconteceu no Rio de Janeiro, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

É a terceira versão do Plano de Aceleração do Crescimento. A primeira foi lançada em 2007, no segundo governo Lula, com o objetivo de superar os gargalos de infraestrutura do país e com investimento previsto de R$ 503,9 bilhões

A segunda etapa do programa, o chamado PAC 2, foi anunciada em 2011 pela então presidente Dilma Rousseff, com investimentos previstos em R$ 708 bilhões em ações de infraestrutura social e urbana.

O Novo PAC chega bastante turbinado, com um orçamento de cerca de R$ 1,7 trilhão em recursos da iniciativa pública e privada. Nesta edição, a FOLHA mostra as obras que estão previstas para Londrina, como é o caso da retomada do Residencial Flores do Campo, na Gleba Primavera (zona norte).

A finalização do empreendimento foi incluída no eixo Cidades Sustentáveis e Resilientes, dentro do subeixo MCMV (Minha Casa, Minha Vida). A continuidade das obras deverá pôr fim a um dos maiores problemas habitacionais do município. Antes de ser concluído, o residencial foi ocupado, em 2016, e desde então, a Caixa Econômica Federal, financiadora do projeto, tenta, sem sucesso, a reintegração de posse. Em 2021, estimava-se em mais de 500 o número de famílias vivendo irregularmente no local.

Para o Paraná, o Novo PAC prevê projetos importantes para a infraestrutura, como a construção do Contorno Leste de Guaíra, na BR-163, a conclusão da Estrada Boiadeira, entre Serra dos Dourados e Cruzeiro do Oeste, e a concessão de seis lotes de rodovias.

Impulsionar a infraestrutura é uma iniciativa extremamente positiva. Mas o governo deve demonstrar que é capaz de tocar um programa dessa envergadura sem repetir os erros das duas edições anteriores, que teve denúncias de corrupção e paralisações e descontinuidades de obras.

Para tanto, o governo federal deve tomar as medidas necessárias para garantir a transparência de todo o processo, um enorme desafio que engloba a execução de um orçamento de R$ 1,7 trilhão.

Obrigado por ler a FOLHA!